Após sete anos fora da elite do Campeonato Brasileiro e três anos lutando para não cair para a Série B, o fiel torcedor clama por uma campanha digna de um grande clube. Os primeiros passos foram dados com a intervenção administrativa e a primeira eleição democrática, mas é preciso muito mais.
A gestão anterior afundou o Bahia em dívidas e transações financeiras suspeitas. Os contratos de marketing foram e continuam defasados. A atual fornecedora de material esportivo abusou em desvalorizar o maior clube do nordeste. O Tricolor hoje recebe da fornecedora, 10 vezes menos que o Internacional.
O Bahia recebe a metade que o Botafogo recebe dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro. Sendo que são times com praticamente o mesmo número de torcedores.
Outro fator é que menos visibilidade significa menos patrocínios. Por isso essa desvalorização das empresas em patrocinar o clube. O mesmo aconteceu com a construtora que a atual gestão insiste em dizer que é parceira do clube. Fez uma permuta pagando 50% do valor real do Fazendão. Sem contar os magros 200 mil reais por mês para estampar a cota máster na camisa, enquanto os outros grandes clubes cobram valores no mínimo 4 ou 5 vezes maiores.
Dificilmente, o Bahia repetirá o feito realizado em 1988. O futebol na era dos pontos corridos mostrou que para vencer torneios com muitos jogos é preciso ter um orçamento elástico para montar um elenco qualificado.
Enquanto o Tricolor vai fechar o ano com um orçamento na casa dos 60 milhões de reais, o Botafogo passará dos 130 milhões de reais. É uma diferença absurda para times da mesma dimensão.
O Bahia tem total condição para ter uma folha de 150 milhões. Mas isso poderá levar mais alguns anos. O atual contrato dos direitos televisivos irá até 2017. Até lá, o clube poderia apostar na meta de ter 100 mil sócios. Isso daria uma receita de aproximadamente 50 milhões de reais, fora outras possíveis ações criativas e rentáveis.
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