é goleada tricolor na internet
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Publicada em 10 de dezembro de 2013 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

A alegria deste ano

Duas rodadas antes do término do Campeonato Brasileiro e a torcida tricolor saiu do sofrimento que virou ritual nos últimos anos. Esta foi a única alegria deste ano dada à torcida pelo time de futebol do Bahia: não cair. Agora é esquecer o passado e colocar o pé na estrada do planejamento e fortalecer em muito as divisões de base do clube, única tábua de salvação possível para clubes de poder aquisitivo menor – sendo realista.

Esqueçam os chamados grandes jogadores importados do Sul e Sudeste. Melhor cuidar da base de formação do clube e conscientizar o torcedor para apoiar ao invés de vaiar. Se o Bahia tem tido a paciência de esperar que o jogador importado se aclimate a Salvador, se condicione física e tecnicamente, crie ambiente dentro do clube e, finalmente, comece a jogar bem – o que nem sempre acontece –, por que não fazer o mesmo com a prata de casa?

Lembra-se de Cícero? Pois, atualmente ele é o melhor jogador do Santos e um dos artilheiros do campeonato que se encerrou neste domingo, dia 8, convencendo em campo. Cícero é cria do Bahia e saiu daqui porque a torcida não gostava do seu futebol e o criticava de tal forma que o jogador resolveu sair e foi entregue por preço de banana, afinal, era “preciso” se livrar dele a qualquer custo… Falo do Cícero só para invocar a paciência que culturalmente no Bahia jamais existiu.

Essa cultura tem de ser mudada urgentemente… Preparar com paciência consistente os meninos da Base com o cuidado que requer o jovem, inclusive, habilitando-o como homem e cidadão, já que o sucesso desse jovem depende do tipo da formação do seu caráter, é tão importante quanto o trabalho de lapidar o jogador para colocá-lo em campo. Estes dois valores se equivalem necessariamente.

Poucos sabem, mas Rafael – ex-goleiro do Santos e hoje no exterior – começou no Bahia e foi dispensado. Em seguida, foi para o Santos e lá se tornou goleiro em nível de Seleção Brasileira, inclusive. Daniel Alves foi outro que acabou sendo vendido por uma bagatela qualquer e se tornou o melhor lateral direito do mundo – foi embora porque a torcida começou a pegar no seu pé e aí aproveitaram a deixa para fazer um pequeno caixa. Nem é necessário dizer quanto ele ainda vale no mercado da bola…

Ou se trabalha profissionalmente o departamento de formação de atletas no Bahia, ou o clube continuará refém do imediatismo. Mas tem de saber os dirigentes tricolores que não se faz futebol contratando profissionais que de bola nada entendem… Há profissionais competentes e específicos para o setor, e é atrás desses que o Bahia tem de correr o mais rápido que puder para que o planejamento do clube comece a funcionar adequadamente à mentalidade profissional.

Continuo dizendo que futebol não se faz com amadorismo só porque fulano ou beltrano precisa trabalhar e é amigo desse ou daquele. Cada qual em seu cada qual, é assim que diz o ditado popular. Essa cultura no Bahia não foi criada agora, acomodar amigos em cargos dentro do clube é antigo e por si só explica fracassos. Não dá mais pra fazer futebol em nível amador, tem de profissionalizar para que o clube volte a ganhar títulos.

A diretoria tricolor tem de dizer à torcida como será o Bahia em 2014 desde agora, se vai ficar pensando em apenas disputar para não cair ou se vai pensar em estruturar para se sustentar. Sustentação é consequência de um bom planejamento, que por sua vez requer paciência e entrosamento em todas as suas linhas para funcionar como uma orquestra regida por um bom maestro…

Dentro dessa linha, uma vez posta com sinceridade e responsabilidade ante a torcida, doravante, é fazer ouvido de mercador às criticas da própria Nação e da imprensa e seguir trabalhando dentro do traçado que o planejamento estiver indicando. Os resultados não serão imediatos, mas virão com certeza, será somente uma questão de tempo e paciência.

VIOLÊNCIA

Tristes e lamentáveis cenas foram transmitidas por todos os canais da imprensa durante o jogo Atlético X Vasco, em Joinville-SC. Fatos dessa extremidade estão se alastrando pelos estádios do Brasil com uma velocidade alarmante… Pior, as autoridades competentes nada fazem e os vândalos sanguinários seguem impondo suas leis nos estádios de futebol. Ontem pudemos ver que a barbárie tinha local e hora marcada, pois, os dois grupos se enfrentaram dispostos à morte e sem temor algum à Polícia, que só chegou algum tempo depois.

CRISTÓVÃO

Não sei se era a hora adequada para sua saída, também não sei os reais motivos que determinaram seu pedido de demissão. Fato é que, para quem quer planejar, ficou meio complicado devido à exiguidade de tempo. Ter de contratar um novo técnico não será tarefa fácil, tomara que o nome a ser anunciado seja de alguém que goste de trabalhar formando jogadores. Essa é a filosofia que deve ser implantada, exceto se quiserem continuar na mesmice do imediatismo.

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