À Cézar o que é de Cézar

Neste momento não estou interessado em saber de onde vem o próximo presidente do Bahia, há um emaranhado escabroso e não há um guia que aponte o Norte. Melhor esperar a hora certa e analisar o nome vindo de onde vier. É isso, o que vai importar é o nome e não a corrente que o apresentar, tanto faz, assim como na política partidária o que importa para mim é o homem, e não o partido.

Ficar de caneta na mão apontando erros ou acertos no Bahia é mesmice, já sei que precisa mudar e torço por essa mudança. Se o Bahia está onde está é por culpa de uma série de fatores que foi acontecendo ao longo dos anos pelo comodismo de todos os envolvidos com esse processo. Sobre isto eu já escrevi aqui e não quero ser repetitivo pra não encher o saco de quem me prestigia lendo esta coluna.

Vou apenas dar a Cézar o que é de Cézar, ao colocar uma coisa que eu teria que abordar desde o início do ano, mas para não fomentar ainda mais as crises consequentes do fato preferi aguardar a oportunidade mais adequada. Vamos aos fatos que, também, ajudaram o Bahia ladeira abaixo: o fechamento da Fonte Nova foi uma precipitação da inexperiência do Governador Jaques Wagner em lidar com fatos fortuitos daquela natureza. Tudo foi dito num momento de forte emoção perante as vítimas fatais do acidente. O medo fez o governo refém da repercussão do fato…

Então a única saída seria tomar (pensaram) uma providência drástica. Anunciou-se ali mesmo o fechamento da Fonte Nova, precipitadamente, sem uma avaliação mais profunda da sua estrutura. Zonzo, na caótica situação, moralmente sem poder voltar atrás, viu-se o governo forçado a anunciar a reforma de Pituaçu como forma de corrigir o outro lado, não menos caótico, da situação. O Bahia de milhões de torcedores, incluindo o torcedor Jaques Wagner, estava definitivamente de pires na mão e afundado um pouco mais nas suas dificuldades. Fato.

Ato contínuo e conforme anunciado foram iniciadas as obras do estádio de Pituaçu, de forma também precipitada, posto que não avaliaram os problemas que teriam com o Ministério Público, IBAMA, inverno, greves, e até a briga de “comadres” entre as diretorias de Bahia e Vitória em torno da Petrobrás. No caso da briga de “comadres” não houve mortes, como é do conhecimento da platéia, mas todos estão feridos. A verdade é que até o prazo de entrega do estádio desgastou politicamente o governo.

Quero deixar claro que não sou contra Pituaçu, passo longe dos inimigos dele citados acima. Colocando o Bahia à parte de toda confusão criada de 25 de Novembro de 2007 pra cá, Pituaçu será um ganho, estava abandonado e relegado às intempéries do tempo. Possivelmente será a casa do Bahia no futuro e um equipamento que acrescentará mais à beleza de Salvador.

Percebi, bem ou mal, não vem ao caso, o fato de durante a disputa pela Prefeitura a reinauguração de Pituaçu ser anunciada para Julho, depois para Setembro, depois para Outubro, Novembro etc…. mas ao término das eleições municipais nem previsão há mais, quem sabe, lá pra primeiro de Abril… é bem provável! Faltou mais tarimba no governo para pensar devidamente em todos os problemas causados com o descolamento de uma placa na arquibancada da Fonte Nova. O Governador foi mais matinal do que noturno. A Fonte não precisava ser fechada, definitivamente.

Todos esses fatores desencadearam as portas às dificuldades do Bahia. Entre as dificuldades surge um calcanhar de aquiles bem saudável, ou não, que é o fato de se buscar alguém de muita competência administrativa e o eleger por aclamação. Pelo menos o Bahia estaria livre de aventureiros e incompetentes para assumir o seu destino, porque no estado atual em que se encontra o Tricolor a necessidade de um pós graduado de renome é, não diria a solução a curto e nem a médio prazos, mas o início de uma longa caminhada até os dias de glórias.

É isso mesmo, ninguém se iluda, não é uma mudança radical que vai fazer rapidamente as coisas progredirem, sim o projeto de longo prazo, com os pés firmes na caminhada, de alguém com competência e paz (paz será a principal oração no Bahia de depois de Dezembro) para fazer o Bahia do sonho da torcida. Lição principal é desarmar espíritos e partir incontinente para o objetivo principal que é levar o Bahia ao seu lugar de origem.

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Pelo menos o fantasma da terceirona foi afastado de vez. Muita gente já estava tendo pesadelos com a possibilidade do retorno III.

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Pasmem, tem torcedor do Vitória que entrou, não sei com qual alegação, com processo na Justiça comum para embargar as obras de Pituaçu. Só não dou o nome dessa pessoa porque não vi o processo, mas sei quem é. Se eu constatar a veracidade disso, darei o nome na próxima coluna. É gente conhecida e do meu círculo de amizades.