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Publicada em 24 de novembro de 2012 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

A importância estrutural

Muito mais importante que um estádio privado é ter um centro de treinamento moderno a nível internacional. Não adianta fazer parte dos chamados grandes clubes se em determinado momento não se pode trazer – ou manter as crias – um grande jogador por falta de infraestrutura. Tem que ter uma Base muito forte e isso só se constrói com equipamento técnico digno de Primeiro Mundo.

– Ademais, clubes como os do Nordeste, principalmente, dificilmente terão a condição de concorrer no mercado de jogadores com os clubes de parte maioral do Sul/Sudeste, já que as grandes marcas tendem a procurar os clubes mais profissionais e bem estruturados.

Modernizando-se, a internacionalização da marca fica mais fácil, a divulgação pela imprensa é constante, o intercâmbio com clubes do exterior – por exemplo: China, Japão e outros emergentes no futebol – torna-se possível, e o próprio status de formação do atleta ganha mais notoriedade.

O jogador com independência financeira e nome internacional, para vir para o Brasil, mesmo que seja repatriado, quer saber minuciosamente se o clube tem um CT que lhe dê todas as condições de trabalho e conforto, quer saber o nível intelectual dos dirigentes, porte econômico do clube, se este cumpre em dia com as suas obrigações, enfim… Tudo passa por uma estrutura bem profissionalizada e próxima a que ele está acostumado.

Não precisa ser muito estudioso para entender que os clubes precisam muito mais da estrutura de base – centro técnico avançado completo – que de um estádio próprio usado apenas de jogo em jogo. Melhor pagar um aluguel que imobilizar dinheiro num equipamento que nem sempre lhe dará lucro. Ter um estádio meia boca é vaidade amadora, e uma Arena no nível do Século XXI tem um custo tão alto que poderá, até, inviabilizar o equipamento, principalmente quando se trata de locais onde as grandes forças são polarizadas, a exemplo da Bahia.

Por falar em Bahia e em equipamentos desse nível, temos o caso do Vitória, que possui um estádio muito abaixo da média moderna, que futuramente servirá apenas para manter o status “temos um estádio!”… Vem aí Fonte Nova moderna e o Vitória já está entre a cruz e a espada. Se aderir ao projeto Fonte Nova, terá de fechar ou vender (…) o Barradão. Se não aderir, correrá o risco de ficar parado no tempo e espaço escutando apenas o eco do seu próprio hino que diz “eu sou um nome na história…”, e assim morrerá refém da própria vaidade.

– O Vitória não deve esquecer que estádio alternativo e bem mais moderno que o seu, os demais clubes da capital e região Metropolitana já têm: Pituaçu.

Vale acrescentar que mesmo no Sudeste existem essas dificuldades. O São Paulo tem o Morumbi, porém, ou moderniza e o repensa como arena multifuncional, ou seu futuro estará comprometido… Já não foi uma boa brigar com o Corinthians, pois só fez perder dinheiro já que “Curingão” passou a mandar todos os seus jogos no Pacaembu e, pior, está construindo seu próprio estádio.

No Rio Grande do Sul, o Grêmio vendeu o tradicional Olímpico e começou a construir uma arena ultramoderna. O Inter está reconstruindo o Beira Rio para modernizá-lo. Mas lá eles são muito fortes no quesito associação, é cultural, e por isso mesmo viável ter a sua própria Arena com espaços adjacentes para o lazer do fim de semana, festas e outros.

Em Minas, Cruzeiro e Atlético resolveram desde cedo investir em seus centros de treinamento, completos! No Paraná, o Atlético está reformando a sua Arena – que era razoavelmente moderna – para muito melhor, ao ponto até de ter se descuidado do time de futebol, tal é o investimento que algo assim requer. É o tal caso; quem tem, precisa cuidar para não ficar obsoleto. Quem não tem, precisa pensar racionalmente no que lhe dará mais oportunidades de negócios, CT.

O clube que quiser crescer tem mesmo é que investir tudo que puder num moderno centro técnico especial e diverso, e aproveitar os estádios que o governo, juntamente com a iniciativa privada, teve que construir para viabilizar os jogos da Copa do Mundo em seus respectivos Estados. Estádios como o Arruda, São Januário, Couto Pereira, Barradão, Vila Belmiro e outros, precisam ser reconstruídos ou transformados em centros técnicos profissionais e de especialização e formação de atletas desses clubes.

Fora disso, é dar asas a imaginação e entrar na ilusão de que basta contratar meia dúzia de nomes para que seu clube seja respeitado como força nacional e até ganhar títulos… Sendo assim, não irá passar jamais de lutas inglórias e da sensação, latente, do medo de jamais conseguir ser grande! Reflita.

INVESTIDOR RUSSO NO BAHIA

Pois é, estava no Twitter na madrugada de hoje a notícia, através de um site, dizendo que um “russo” estaria chegando para investir no Bahia e estenderia sua ação até um grande clube do Recife… Mentira deslavada e inconsequente, pelo menos em termos de E.C.Bahia. Não há a mínima veracidade nesse caso.

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