A panela agora é de pressão

Não sei porque Souza é amigo de MGF e não quero saber, porque não quero conta com quem é amigo de MGF, ex-presidente do time e que deixou a situação numa calamidade de envergonhar, entristecer e enfurecer. Se Souza fosse sério em campo e fora dele, poderia declarar apoio, fazer boca de urna ou ser cabo eleitoral de quem quisesse. Porque independente do que estivesse acontecendo politicamente, um jogador sério iria dar o melhor de si em campo – ou iria pedir pra sair. Podemos esperar isso de Souza? Seu histórico não deixa ter esse otimismo.

Do jeito que se comporta, dentro e fora de campo, bem como no mundo virtual, o destino de Souza deveria ser o mesmo de MGF: no Bahia, nunca mais.

A questão é que as panelas, no Bahia, se tornaram de pressão e estão a ponto de explodir. Sejam as panelinhas no campo (que, ao que parece, Cristóvão deu um jeito), sejam as panelinhas fora, que a intervenção e a auditoria estão escancarando.

Sobre as irmãs de MGF funcionárias do Bahia, a patota da Ribeira, a remuneração de Ruy Accioly como superintendente ao mesmo tempo em que é Presidente do Conselho, ou da manutenção de Eliseu Godoy na folha, mesmo depois da demissão pública há três anos: pra mim isso é só a pontinha do iceberg das nebulosas condições administrativas do clube. Infelizmente. Quem recebe por fora da folha é o que me preocupa mais.

A torcida do Bahia está em cima. Diferentes grupos organizados (políticos ou não) estão focados em chafurdar nesse lamaçal. A transparência tem que ser total nesse momento. Nós, torcedores comuns do Bahia, precisamos ser feitos parceiros nessa revolução.

A torcida é a única entidade a que qualquer funcionário do Bahia – interventores, cartolas, jogadores, etc – deve lealdade incondicional.

Mas eu falo da torcida de verdade, que não tem rabo preso. A torcida feita do povo. Do povo de quem esse time é um clamor.