é goleada tricolor na internet
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Publicada em 23 de novembro de 2004 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

A voz do povo

Contra o Fortaleza, sobraram ingressos. Os cambistas, como gatos escaldados, saíram de cena. E o Bahia entrou em campo com a mudança que a torcida pedia há vários jogos: Renna no lugar de Selmir.

Foi uma mudança astronômica na forma do time jogar. O ataque ficou arisco, envolvente, dinâmico. Renna em um jogo inteiro em campo fez muito mais que Selmir em todo o Campeonato. Driblou, desnorteou a defesa dos cearenses, chutou, cavou pênalti, perdeu gol. E só perde gol quem tenta fazê-lo.

O nosso craque Robert teve para quem lançar. O futebol de Neto Potiguar voltou a subir. Aliás, Neto Potiguar realizou uma das suas melhores partidas na Fonte Nova. É um jogador talhado para o sucesso. É inteligente, insinuante e driblador. Precisa somente arriscar mais os chutes de fora da área.

Na retaguarda, a presença de Reginaldo Cachorrão é, por si só, certificado de garantia. A classe, o talento e a precisão desse zagueiro remetem a grandes nomes do futebol mundial, como Gamarra e Stam. Há muito não se via jogar no Bahia um beque de tantas qualidades.

E o treinador Oswaldo Alvarez acertou em manter Ari na lateral-direita. Contra o Fortaleza, o raçudo Ari – que veste o manto Tricolor com a veneração que ele merece – repetiu o que já havia feito contra o Avaí: estocadas pela direita, bola na frente, corrida até a linha-de-fundo, marcador batido e desgovernado. Esse talvez seja o caminho para chegarmos ao título.

Mas Oswaldo Alvarez também errou ao deixar Rodriguinho ou Igor fora do time. Cícero foi bem, teve personalidade na cobrança dos pênaltis, mas suas características são mais defensivas. O que se viu foi uma ligação direta defesa-ataque, com o Fortaleza ganhando todas as bolas no meio. Se quiser manter Cícero, Henrique deveria sair.

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No reduto da arquibancada especial, sob o comando de Nem e com a garotada da Torcida Independente, tivemos a companhia de turistas ingleses. Aliás, tem sido a marca registrada de muitos jogos do Bahia a presença de centenas de estrangeiros com camisas e bandeiras tricolores. O secretário da Cultura e Turismo, Paulo Gaudenzi, também “sócio” da arquibancada especial, ria: “O Bahia é mais um produto turístico da Bahia”.

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Domingo foi dia de boa prosa com os tricolores Virgílio Elísio, diretor da CBF, e Antonio Miranda, recepcionando o presidente da FBA – Futebol Brasil Associados, o londrinense Peter Silva. Para ele, que promove a Série B, o Bahia tem história, tem títulos, tem uma torcida incomparável. Só falta detonar.

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