Acreditar é uma opção

Agora é época de vacas magras para o futebol à parte da Copa do Mundo, na África do Sul. Tudo está voltado para o campeonato mundial, o que torna natural o desinteresse pelo futebol doméstico. Aliás, por falar em Copa do Mundo, não estou nada otimista com essa seleção feita por Dunga, que me parece ser mais dotada de lavagem cerebral que de técnica, salvo uma ou duas raridades naquele contexto.

Há quem ache que o Brasil não entra programado para ganhar o título, sim para não ganhá-lo. Os favoráveis à lei do absurdo acham ter havido negociações para a Copa de 2014 ser disputada no Brasil na condição de a Seleção “canária” não ganhar a que se iniciou nesta sexta-feira para que a competição continue interessante. É claro que eu não vou nessa linha de raciocínio, mas gostaria que fosse verdade só para justificar a atual Seleção do Brasil sem craques, à exceção de Kaká e Robinho.

Vejo uma montanha de pessoas buscando explicações para a “coerência” de Dunga… Realmente, aguentar como o melhor do Brasil jogadores como Josué, Ramires, Elano, Kleberson, Felipe Melo, Michel, Doni, Gilberto (Cruzeiro), Grafite, e ainda ter Julio Batista como reserva imediato de Kaká, é dose para uma manada inteira de elefantes!

Há cerca de quatro anos Dunga vem trabalhando junto aos jogadores o lado da fidelidade mútua e certamente inclui aí um pouco de auto-ajuda. Porque acreditar num grupo que tecnicamente não é o melhor que o Brasil possui, antes é preciso convocar o mago Paulo Coelho para “viajarem” juntos, Norman Vincent – para dizer que eles podem –, e invocar Freud para explicar, principalmente, as convocações de Kleberson e Grafite.

Algo muito mais sensível fez Dunga formar uma Seleção que contraria a tradição técnica brasileira, decepciona o mundo pela ausência dos principais jogadores, e jamais atinge os anseios dos brasileiros. Na proporção que fico indignado com a ausência de craques na Seleção, posso entender Dunga a partir daquele gesto de Adriano, com os dedos, fazendo apologia a uma facção criminosa, ao chegar à Itália.

Na minha seleção estariam Pato, Ganso, Neymar, Ronaldinho, Vitor, Hernandes, Miranda, Roberto Carlos, e, a depender de uma boa conversa, até Ronaldo se faria presente na África, mais precisamente na Seleção Brasileira. Fato é que agora é tarde e nada mais pode ser feito. Torcer é um dever patriótico, ter fé é um estado de espírito, e acreditar é uma opção.

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E a Copa do Nordeste começou… Por sinal muito mal para o Bahia. Ponto. Mas o que se pretende é analisar todos os jogadores que não têm tido oportunidades, ou jogado pouco, e dar a comissão técnica uma visão de quem realmente tem condição de vestir a camisa tricolor na série B. É claro que esse início trôpego não é absolutamente parâmetro para uma análise definitiva. O grupo precisa de entrosamento, mais treinos e jogos, é início de caminhada e cada um vai querer aproveitar a oportunidade.

Sempre fui favorável à CN, vejo nessa competição a chance de o Bahia poder revelar jogadores, fazer experiências, recuperar a auto-estima daqueles que se sentem marginalizados no time principal, e finalmente colocar à disposição de Renato Gaúcho jogadores sem problemas com a falta de ritmo de jogo.

Não haverá falta de motivação, como se fala por aí, por parte dos jogadores. Eles sabem qual é a finalidade da competição para o Bahia, pelo menos neste ano. Ademais, num jogo às vésperas da Copa do Mundo, o Bahia jogando com o “time B” contra o CSA de Alagoas, e ainda assim proporcionar um público de cerca de três mil torcedores, não dá para desmotivar ninguém!

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Na última quinta-feira, 10, tive o prazer renovado de estar no “baba” do meu amigo João Bismarck. Como de costume fui bem recebido festivamente por Baiaco, Sapatão, Edmilson Pombinho – atual coordenador de esportes do Estado –, Teixeira, Cláudio, Aliomar Brito, Valnei Barbosa, Rodrigues, Emo, Tião, Dr. Genaldo, Dr. Edésio, Dr. Antonio Rodrigues – Pitada –, e tantos outros amigos… É sempre uma alegria.

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AGAP-BA Associação de Garantia ao Atleta Profissional da Bahia. Ressurge forte e organizada tendo como Presidente Sergio Ferreira, vice Presidente Nelson Cazumbá, e o ex-jogador Hugo de Oliveira como Superintendente. Apoio: AGAP nacional, cujo Presidente é Wilson Piazza. Tel. 71-3376-3252 / [email protected].