Na última sexta (31/01), escrevi uma coluna aqui no ecbahia.com que repercutiu significativamente, na qual expus o longo histórico de erros da arbitragem da FBF nos Ba-vis, invariavelmente contra o Bahia, defendi que os Ba-vis têm que ter arbitragem de fora e que o Bahia (SAF, Associação e torcida) deve exigir isto como condição indispensável para levar o Campeonato Baiano a sério.
O clássico de número 500, disputado na tarde deste sábado (01/02), apenas enrobusteceu as razões do desconforto da nação tricolor com a arbitragem baiana, e confirmou, mais uma vez, que esta carece de condições mínimas para atuar em Ba-vis.
O Ba-vi 500 teve, ao menos, dois lances polêmicos relacionados à arbitragem, ambos decididos em desfavor do Bahia, como sói acontecer com a arbitragem da FBF: 1) no primeiro tempo, o empurrão de Wagner Leonardo em Ademir, dentro da área e 2) no segundo tempo, a interrupção, pelo árbitro, de uma chance clara de gol de Ademir, após primoroso lançamento de Caio Alexandre.
No primeiro caso, faço minhas as palavras do comentarista da TVE: se aquele empurrão fosse em qualquer outro lugar do campo, o juiz daria falta e, se a falta ocorre dentro da área, é pênalti. Bruno Vasconcelos nada marcou.

Já no segundo caso, o mesmo Bruno Vasconcelos, que estava de frente para o lance, fez um gesto alegando que paralisou a partida porque Caio Alexandre teria cobrado a falta – que originou a jogada – com a bola rolando, mas as imagens da transmissão da TVE deixam claro que o atleta tricolor para a bola com a mão e cobra a falta com a bola totalmente parada.

Finalizada a partida, o tricolor Caio Alexandre pediu uma arbitragem justa e demonstrou perplexidade com a decisão do árbitro de paralisar o lance de seu lançamento para Ademir; Rogério Ceni pediu arbitragem de fora e afirmou que “ninguém quer jogar Campeonato Baiano”; já o zagueiro rubro-negro Wagner Leonardo rasgou elogios ao árbitro: “Eu acho que é o melhor árbitro do Campeonato Baiano, (…) para mim, de todos que tem aqui em Salvador, eu acho que ele é o melhor”. Entrevistas tão antagônicas quanto reveladoras, não?
É forçoso concluir que o Ba-vi 500 acrescentou mais um capítulo à extensa e tenebrosa lista de clássicos nos quais o Bahia foi prejudicado pela arbitragem baiana, ao longo das últimas décadas. A nova atuação lastimável de Bruno Vasconcelos é mais uma a ratificar que, sim, a nação tricolor tem todos os motivos para se sentir desconfortável com a arbitragem da FBF e que a necessidade de arbitragem de fora nos Ba-vis é imperativa.
Não me parece que a FBF vá dar o braço a torcer espontaneamente e de bom grado, e cabe ao Bahia (reitero: SAF, Associação e torcida) e a todos da Bahia esportiva que zelam pela seriedade e lisura do futebol baiano EXIGIREM arbitragem de fora já a partir do próximo clássico, e não aceitarem “não” como resposta. O Bahia pode e deve passar a boicotar o Campeonato Baiano – que, insisto, precisa muito mais do Bahia do que o contrário -, caso o atual estado de coisas persista.
P.S.: Aproveito o ensejo para questionar os motivos de a FBF ter fechado a caixa de comentários das postagens de seu perfil oficial no Instagram, logo após o Ba-vi deste sábado (01/02), como demonstram as imagens abaixo.



Registre-se que ela é reincidente nesta prática, pois fez o mesmo nas semanas dos Bavis que decidiram o Campeonato Baiano de 2024. Diz o ditado, desde os tempos romanos: “vox populi, vox Dei” (“a voz do povo é a voz de Deus”). Afinal, o que a FBF tanto teme naquilo que o povo tem a lhe dizer?
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