é goleada tricolor na internet
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Publicada em 8 de abril de 2015 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Arena, foi mal: sem clube no Nacional

Com a Copa do Mundo, ocorrida no ano passado em terras tupiniquins (teve Copa, viu?! e como teve!), os nossos queridos engravatados de Brasília e determinados empresários começaram uma série de acordos, conchavos, conluios e afins visando cada um puxar a brasa pra sua sardinha (ops, forguívimi mister Joel), resultando numa bela competição paridora de paquidermes albinos localizados na Capital Federal, Amazonas e Mato Grosso, para não falarmos de outras praças menos votadas. Para termos ideia do tamanho do estrago, o inchadíssimo DF, cuja folha do funcionalismo é paga, em parte, com recursos de todos os brasileiros, vive uma dívida sem precedentes no valor de um… estádio. Diz a lenda que as dependências internas da praça esportiva brasiliense deverão ser ocupadas por alguns órgãos públicos no afã de se reduzirem despesas com alugueres…

Focando no phutebol, que é o que mais interessa a este site e coluna, a Fonte caiu e a Fonte subiu. Nunca antes na história desta Bahia tivemos um estádio tão moderno, tão padrão FIFA e tão cheio de frescura. Deixa saudeducação pra lá! Temos um campo igual a zoropa!!! Feito isso, e finda a Copa, o Bahia começou a mandar seus jogos na belíssima praça e o torcedor acostumado à cachoeira de mijo, ao cimento frio tremendo a cada “Baêa!” e aos guichês de buraquinho com a mocinha batendo a mão para fora passou a ter que aprender onde fica o oeste, o leste e o láunge.

Sabe-se que o consórcio gerente da Arena estipulou um contrato com o Governo do Estado para tocar o estádio onde o Bahia, ao mandar seus jogos por lá, recebe um fixo e um variável eventual conforme público – e que tais dados jamais foram revelados sob alegação de sigilo contratual. O torcedor, por sua vez, tem sido continuadamente desrespeitado no tocante à disponibilidade de pontos de venda, à forma de comercialização de ingressos e às benesses dadas pelo clube aos sócios.

Ao decidir jogar em Pituaçu, um estádio com padrões internacionais mínimos de funcionamento e mais aconchegante ao torcedor-povão, o presidente tricolor, pelo tom da recente entrevista, tenta colocar o consórcio arenístico de joelhos, conclamando-o de forma dura a negociar valores supostamente mais justos e mais conformes com os interesses de um clube cuja torcida já foi alcunhada torcida de ouro. Parafraseando o que um colega tricolor me confidenciou pelo zapzap um dia: a Arena precisa do Bahia, e não o Bahia precisa da Arena. Nunca li frase tão profética e é verdade. O Clube de Canabrava, além de gostar mais de um chiqueiro ex-lixão, possui uma torcida que não enche nem o Sul…

O ato de Marcelo Apóstrofo Santana, meio blefe meio murro-na-mesa, não é vanguardista, quando recordamos que lá em Minas Gerais o Atlético fez algo semelhante ao mandar seus jogos no acanhado Independência. Contudo, a atitude do presidente tricolor é pioneira no Nordeste, e denota a reação dos clubes contra um modelo de entretenimento que necessita ser amadurecido no Brasil (tanto por administradoras quanto pelos clubes) antes de ser efetivamente implantado. No que pesem as dificuldades da quintessência da torcida do Bahia em comparecer aos jogos como antes, e considerando as regras questionáveis impostas pelo Consórcio ao Bahia; Pituaçu, o palco do acesso à Série A em 2010, pode ser de novo o Caldeirão de que tanto precisamos neste momento difícil, mas uma Arena Fonte Nova que dê benefícios a ambas as partes de modo satisfatório também é muito benvinda.

Dentro de campo, segue o Bahia com seu ataque demolidor a fazer uma vítima a cada rodada. Adversários literalmente fora de série e boa recuperação depois de tropeços nas 3 ou 4 primeiras rodadas. Primeiro passo foi em falso, mas o título baiano é questão de tempo. No Nordeste, o verdadeiro rival rubro-negro nos espera. Sim, é o de Recife. Agora sim! 2015 começou de fato para o Tricolor de Aço!

Por falar em rival, hoje, 31 de março, é aniversário de uma data de muitas lembranças para muitos brasileiros, sejam boas ou ruins… mas é fato que marcou o começo de uma ditadura. Enquanto isso, o nosso querido Canabrava marca eleições indiretas no clube tecendo loas à democracia… “quando acabar o maluco sou eu!”.

Torço muito para que o nosso Lião continue: continue como está.

Saudações Tricolores!

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