é goleada tricolor na internet
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Publicada em 10 de março de 2011 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Cristalizadas no passado

O Campeonato Baiano não é parâmetro para se medir capacidade técnica, mas já enxergo no Bahia um time quase pronto para a Série A. O engraçado – para não dizer irritante – é que alguns setores da imprensa e parte da torcida colocavam Angioni nas alturas até o início deste ano, porém, com o andamento do certame baiano, de repente transformaram-no em vilão…

Ora, esquecem esses que o Bahia ainda está em fase experimental e tentando encontrar a melhor formação possível. Contratações estão sendo feitas na medida em que as necessidades ficam agudas, assim é que Danny Morais já está acertado com o clube e Pedro Ken está próximo. Ainda que este último não venha, pelo menos o torcedor sabe que a procura será sempre na rota certa – Lulinha, Pedro Ken, Danny Morais, Ramon, Tressor e Jancarlos são bons indicativos.

Sobre o que estava e está sendo feito, o torcedor foi informado desde o início do ano quando foi dito que o Bahia entraria com um time no campeonato regional, que é deficitário, e o reforçaria de acordo com as necessidades para o Brasileirão. Esse é o preço que ainda se paga pela histórica falta de planejamento e que ainda arrasta consequências até aqui.

Esses mesmos vetores radicalizam nas críticas e não elogiam, por justiça, nos acertos.

Se existe alguma coisa errada no Bahia é a falta de pontualidade com os compromissos financeiros assumidos, e sobre esse assunto escrevi recentemente. Aqui só o ratifico com outras palavras. Mas quanto ao novo time e a nova política implantada por Angioni, com aquiescência do presidente, sou completamente favorável.

É preciso encarar esse estado de deficiências culturais no clube com boa vontade e discernimento, e ver o que já se conquistou com esse modelo de gestão profissional até aqui, e que vai aos poucos se fortalecendo nas hostes tricolores. Ora, para quem estava acostumado ao imediatismo, como era de praxe praticá-lo, e agora vendo transformações carregadas de medidas drásticas para as implantações necessárias à instituição, o choque é inevitável, até porque certas pessoas estão cristalizadas no passado e não percebem quaisquer evoluções.

A recuperação do Tricolor dentro do campeonato nada mais é do que a qualidade técnica melhor condicionada e algumas peças decisivas que entraram em condições de jogo, justo no setor de criatividade onde nada acontecia e agora acontece – casos específicos de Tressor e Ramon. Antes a bola não chegava para as finalizações, agora chega com qualidade. Tropeços acontecerão, é normal no futebol, mas um elenco está sendo formado com critério.

Sem essa babaquice de dizer que a minha opinião é sempre a favor da direção tricolor. Os fatos, tão somente os fatos, é que determinam a minha opinião. Dei apoio ao presidente tricolor ano passado porque achei que o caminho que ele trilhava com o Bahia era o melhor e o mais coerente para se chegar à Primeira Divisão. Não errei. E neste ano se tiver que tecer elogios, ou críticas à diretoria tricolor, isto vai depender de novos fatos.

Noutro dia escutei um comentarista de uma Rádio dizer que o Bahia subiu para a Primeira Divisão “Deus sabe como!”. Deus sabe como… O Bahia largou na liderança, inicialmente, e foi até os 13 pontos sem sair dela! Depois saiu do G-4 e foi até os 24 pontos, sem sufoco, seguindo de perto os que estavam “classificados”. Em seguida entrou no G-4 e jamais saiu, brigando sempre pelos primeiro e segundo lugares respectivamente e ainda se classificou com antecedência para a Primeira Divisão. Deus sabe como…

São incoerências assim com as quais não convivo bem, e embora respeitando a opinião de cada um, chego à conclusão de que há um “grande” processo preconceituoso para com a diretoria tricolor. Criticar é um direito facultado pela democracia, mas radicalizar nas críticas é no mínimo um ato de desinteligência. No momento existem erros e existem acertos. Vou torcer para que, quando um profissional for dispensado do Bahia, ele saia falando bem do clube e dando boas informações ao mercado, por exemplo. Forçado ou não, esse lado anti-profissional ainda persiste no Tricolor.

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Rafael não deve ficar fora do time titular para ver Robert – que ainda não está num bom momento – jogar. O menino é bom de bola e tem faro de gol, como se diz na gíria do futebol. Se ele estivesse jogando desde o início contra o Feirense, o Bahia sairia de campo vencedor.

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Omar, Thiego, Tressor, Ramon e Rafael, no meu modo de ver, são titulares absolutos. Acrescentaria mais tarde Avine e Jancarlos. Como têm outros que por algum motivo ainda não estão disponíveis, então tenho no papel um ótimo Bahia para a Copa do Brasil e “Brasileirão”, com reservas a altura.

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