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Publicada em 21 de junho de 2011 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Deixem Jobson e a sua Nação ser feliz

Não sabemos o que foi decidido sobre Jobson pela Corte Arbitral do Esporte, em Lausanne, Suíça. Fato é que o caso ainda não teve anunciada a sentença, o que deverá acontecer em até 60 dias. Porém, segundo o próprio jogador, o clima durante o julgamento lhe pareceu favorável, o que sugere uma quase certeza de absolvição.

Como se trata de um problema de cunho social, deduz-se que a corte fará prevalecer, principalmente, pela sinceridade autêntica de Jobson, a pena que lhe foi imposta no Brasil, já cumprida, diga-se.

Como essas questões no Primeiro Mundo são tratadas com veemência e rigorosamente dentro de um princípio de justiça, onde prevalece o bom senso independentemente da condição social do réu, creio que Jobson foi julgado pela idade que tinha à época e pela condição de dependente químico, atualmente em franco restabelecimento.

Ele não foi acusado de usar a droga para obter maior “rendimento” em campo. Ele era um viciado, embora iniciante, que precisava de orientação e tratamento. Se o CAS não entender assim, estará contribuindo para a desgraça do jovem jogador, pois uma pessoa em desespero, que tem uma chance de recuperação e a agarra, e um tribunal impede de ele exercer a sua profissão com dignidade, cria dentro de si um complexo de marginalidade e se atira de corpo e alma na sarjeta.

Voltar ao submundo das drogas seria uma forma de se “vingar” da própria sociedade. Na cabeça de uma pessoa na condição de relegado, os fatos que o machucam funciona exatamente assim.

É embasado na racionalidade complexa desses casos que se recupera alguém para a sociedade, principalmente quando esse alguém é idolatrado devido à sua própria arte. Pelo ídolo e pelo jovem, há que se fazer muito, contudo sem ferir a consciência arbitral. Isto não significa passar a mão pela cabeça de ninguém, isto é não cercear a vida de uma pessoa significantemente útil à própria sociedade.

Não raro, tenho escrito aqui nesta coluna que, antes de se criar o ídolo, há que se preparar o homem. Neste quesito, todos os meus aplausos para o esporte, pois este é o veículo que mais educa nos países subdesenvolvidos, ou que, pelo menos, mais tenta.

Fico feliz ao ver os grandes clubes investindo em suas bases de formação maciçamente, embora à revelia desses predadores chamados de agentes, empresários, procuradores e sei lá mais o que, mas com certeza, filhos da Lei Pelé. Não que eu seja contra o princípio desta lei, sim à favor que ela seja sensivelmente modificada. Os clubes não podem continuar sendo barrigas de aluguel.

Desviei um pouco o assunto no tópico acima somente para ilustrar quão bonito e apaixonante é o esporte, além de utilíssimo ao cidadão e à sociedade como um todo, capaz de salvar jovens como Jobson de uma vida perversa e infeliz. Não é ilícito permitir que um ídolo continue fazendo uma Nação feliz. Por favor, deixem o Jobson e a sua Nação ser feliz.

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