é goleada tricolor na internet
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Publicada em 1 de março de 2025 às 12:51 por Djalma Gomes

Djalma Gomes

Desrespeito à expertise de Rogerio Ceni

O investimento do City Football Group no Bahia faz parte de um ambicioso projeto do grupo para a expansão no futebol mundial. O grupo enxergou no Brasil um mercado promissor, com potencial enorme e satisfatório para suas pretensões, sobretudo entendendo, principalmente, o futuro do Nordeste brasileiro. Como o Bahia é um clube com torcida apaixonada e gigante, em constante crescimento, participativa na vida do clube, consumidora compulsiva do produto Tricolor e, que chega a flertar com a oniomania – no sentido positivo –, então nada mais oportuno do que investir nesse potencial – creio até que o Grupo City achou muito mais do que procurava.  

– O Nordeste do Brasil vai além de uma região em expansão no futebol. No turismo e na área industrial vem crescendo ano após ano – apesar dos pesares (…) – e tem um litoral invejavelmente maravilhoso com mais de 3.000 km de extensão. Geograficamente, é a região da América do Sul mais próxima do continente europeu. 

No livro “A Bola Não Entra Por Acaso”, autoria de Ferran Soriano, a dimensão é perfeita sobre gestão no futebol e explora a fundo o tema, oferecendo uma visão estratégica e inovadora sobre o assunto. O livro não se limita a táticas e escalações, mas mergulha em aspectos como gestão financeira, marketing, branding e a importância de construir uma identidade forte para o clube. 

Soriano destaca a necessidade dessa profissionalização nos clubes com processos bem definidos, metas claras e acompanhamento constante de resultados. Defende ainda que o sucesso no futebol não é fruto do acaso, mas sim de um planejamento estratégico de longo prazo, que envolva todas as áreas do clube. É realmente uma aula didática o livro para quem deseja entender os bastidores do futebol e como os clubes podem ser geridos de forma profissional e eficiente. 

Explano os detalhes nos parágrafos acima com objetivo de mostrar que o rumo da estrada que se quer construir para o Bahia passar está de acordo com a bússola, mas o traçado ainda precisa ser bem preparado para a pavimentação. Isso está acontecendo com maior rapidez do que o planejado. Tenho observado na “terra do ninguém” – internet e suas redes sociais – um frisson inquietante para que o Bahia tenha agora, imediatamente, o time que só será possível daqui a mais dois ou três anos – talvez antes, um pouco.  

O Bahia passa por um processo que envolve dedicação, tempo e competência, porque não se trata somente de um time de futebol. Trata-se de um complexo planejamento de excelência em todas as áreas do clube para que esse time de futebol aconteça na prática. A estrutura existe e funciona a todo vapor, mas precisa que a torcida das redes sociais se comporte da mesma forma como se comporta a torcida das arquibancadas, para que a união faça a força. 

Observe esse absurdo: quando a imprensa divulgou a contratação de Ronaldo Strada – goleiro –, o mundo pessimista do torcedor de celular nas redes sociais desabou sobre o Bahia ultrapassando os limites da crítica, num desrespeito à gestão de futebol, ao atleta profissional, com muito preconceito envolvido, enfim, uma total ignorância sobre os fatos determinantes. Também, é um desrespeito à expertise de Rogério Ceni, um dos maiores goleiros do mundo, à sua época. Aliás, o Internacional tentou contratar Ronaldo, porém o Atlético-Go nem topou discutir propostas porque Ronaldo é um ídolo muito considerado em Goiás. E por que o Bahia o contratou, 15 dias depois? Porque qualquer jogador, atualmente, tem o Bahia na mira dos olhos por motivos óbvios, é claro. 

– Aguarde para conhecer Ronaldo dispondo da estrutura tecnológica, física, científica e técnica que há no Bahia atualmente, e verás muito mais do que um simples reserva. Será só uma questão de surgir a oportunidade. 

Como se sabe, o que o torcedor Tricolor mais gosta é de mudar o técnico quando o time claudica um pouco e de ouvir sobre novas contratações. Quando essas coisas frustram as expectativas, o sentimento da torcida torna-se tão lúgubre quanto uma igreja abandonada devido à morte do padre. É preciso entender o óbvio, torcedor, e esse é o seu Bahia avançando a cada ano bem mais rápido do que o esperado sob o comando do mesmo treinador, hostilizado injustamente por parte da torcida que não entende quanto esforço vem sendo feito para que os acontecimentos não sejam fortuitos, e sim de acordo com um planejamento de excelência.    

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