Dois pontinhos que fazem falta

Bem, pelo menos trouxe um ponto para somar aos três em cima do Criciúma. Também valeu para Régis mostrar ao seu treinador que ele não pode ficar no banco pra ver Allano e Edigar Junio jogarem, porque isso nem Freud explicaria.

Duas assistências de Régis em alto nível técnico resultaram nos dois gols que deram a vitória ao Bahia no jogo desta sexta. Olha que ele só jogou 20 minutos. Será que se ele tivesse entrado em Maceió o Bahia teria perdido? Creio que não porque ele sabe reter muito bem a bola e era tudo que o Bahia precisava naquele momento.

Mas como não se deve chorar pelo leite derramado, o treinador começou a mudar o time deixando em entrelinhas que Hernane vai pro banco — com um atraso enorme. A senha foi dada por Victor Rangel. No momento o “brocador” não tem condições de ser titular, lento e pouco inspirado deve ceder lugar para Rangel, é o que se espera.

Voltando a falar sobre Allano, esse moço precisa treinar mais a parte técnica e alguns fundamentos. Correria só não adianta. O moço já teve todas as chances possíveis, agora é a vez de outro, afinal, contratam pra quê? Allano está sendo fritado em público pelo próprio técnico e isso não é bom para o jogador. Não que a fritura seja de propósito, é por leitura errada do treinador que parece não entender o clamor da torcida.

Não é só Allano a pedra no caminho da torcida, o Edigar Junio também. Chega de cabeça de bagre nesse time e arranja logo um lugar para Régis. Imagino a ansiedade dele à margem do campo vendo alguns companheiros dando murros e pontapés na bola enquanto quem lhe dá carinho fica no banco com as mãos no queixo, assistindo-os.

Baixando um pouco a guarda e dando minha mão à palmatória, curvo-me diante dessa excelente aquisição com o nome de Thiago. Foi realmente uma bola dentro. Aliás, no jogo de ontem ele salvou espetacularmente o Bahia de ter levado um gol que certamente mudaria a história do jogo.

Um “monstro irado” esse zagueiro  jogando bola. Tem sido, em minha opinião, o melhor jogador do Bahia desde que chegou no Fazendão. Tem muito futuro, encarna a mística tricolor, se faz respeitar pelos adversários e não tem vergonha de jogar feio quando necessário. Não sei a situação dele com o clube, mas é bom cuidar para não ficar sem o jogador.

Até agora as melhores contratações deste ano são: Muriel, Thiago (zagueiro),  Luis Antonio, Cajá — que só precisa voltar a ser o Renato Cajá da Ponte Preta –, Régis e Moisés. Mas tem os razoáveis como Jackson e Eduardo. Quanto aos demais, a gente espera e torce para que deem certo e, no final dessa jornada, o Bahia encerre sua campanha dentro do G-4.

GIOVANI ITINGA, O CENTROAVANTE

Onde anda Giovani Itinga? O menino arrebenta na Copa São Paulo e não tem nenhuma oportunidade no time de Guto. O Santos revela por ano mais de meio time, e lá eles jogam assim que são entregues ao técnico. Aqui o menino tem de ficar velho para ter uma oportunidade.

Não me venham com essa historia de imaturidade porque Pelé foi posto numa fogueira aos 16 anos de idade e ganhou uma Copa do Mundo. Ah, mas é Pelé! Não é só por ser Pelé, é por ter a coragem de lançar o jovem. O Rival tem um goleiro de 17 anos, pronto — bom ressaltar que Caíque saiu da Base tricolor — para ser titular. Por que no Bahia tem de ser diferente? O que falta é trabalho de preparação adequada para lançar os jovens.