é goleada tricolor na internet
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Publicada em 26 de maio de 2023 às 19:01 por Carlos Patrocínio

Carlos Patrocínio

Drops de maio – Parte 2

 

Bahia x Goiás: sinal amarelo (ou vermelho?) ligado…

Partida em casa, às 16hs, bom público, adversário “acessível”. Tudo favorável para um triunfo, certo? Errado. Empate com sabor de derrota, já que são 03 pontos que qualquer torcedor e, imagino, até mesmo internamente no clube, já contava como certos.

É bem verdade que o sinal amarelo já vinha ligado, principalmente pela fragilidade defensiva do time e pela grande irregularidade. Mais do que o resultado, mas até pela atuação, confesso que estou com uma exclamação vermelha gigante na cabeça.

Principalmente quando a gente vê a sequência que o Bahia tem pela frente após essa partida:

  • Internacional (fora) – apesar da péssima fase, historicamente é um campo no qual temos dificuldades;
  • Santos (casa) – em dois jogos, não fomos capazes de furar a meta santista, que, diga-se, é a melhor defesa do Brasileirão;
  • Fortaleza (fora) – campo complicado, time arrumado, jogo duríssimo;
  • Cruzeiro (casa) – ainda que seja em casa, o Cruzeiro vem bem depois da chegada do técnico português deles;
  • Palmeiras (casa) – não tem muito o que falar;
  • Fluminense (fora) – apesar da oscilação recente do Fluminense, é inegável a dificuldade de encarar, no Maracanã, o time que, até pouco tempo, vinha jogando o futebol mais vistoso da temporada.

A ver se o time, ao menos, consegue evoluir, já que os jogos serão espaçados, com exceção dos 03 primeiros. Entre os jogos contra Cruzeiro e Palmeiras, inclusive, teremos data FIFA no meio, com um intervalo de 11 dias entre eles.

Ainda sobre Bahia x Goiás: que escalação foi essa, Paiva?

Uma coisa que não canso de repetir é sobre a fragilidade do Bahia na entrada da área, muito por conta da escassez numérica, mas também por conta da característica dos meio campistas que o Bahia tem em seu elenco.

O que aumenta minha preocupação é que Paiva me parece perdido para abordar isso e a escalação de Thaciano e Cauly à frente de 03 zagueiros soa como uma evidência disso. Também como já opinei, não acho impossível que o time jogue com Thaciano de 2º homem de meio e Cauly como 3º homem, com 3 atacantes à frente. A certeza que tenho é que não dá pra eles dois jogarem sem um primeiro volante, como foi o caso contra o Goiás.

Essa escalação aumentou os problemas defensivos, o que é bastante óbvio, já que um time que já sofria com a exposição neste setor viu sua capacidade de marcação, sua agressividade bastante reduzida com a dupla escolhida, mas também trouxe problemas ofensivos. E esses problemas ofensivos tem muito a ver com as características de Thaciano e Cauly. O primeiro, ainda que mais combativo, é um meia que pode jogar como “camisa 8”, mas é um meia. E é um meia que gosta de invadir a área, de subir. Cauly é um típico “camisa 10”.

Resultado: vimos um Bahia que não foi capaz de controlar o jogo contra um adversário frágil, tendo posse de bola inferior na primeira etapa, o que evidenciou a incapacidade de reter a bola. No segundo tempo, com a entrada de Acevedo, o time se mostrou menos espaçado com a bola, mas a atuação pouco inspirada da equipe não foi capaz de mudar o panorama do jogo.

Acevedo e mais 10…

Sei que o uruguaio, que acho muito bom jogador, não é nenhum craque, mas, muito pelas características dos jogadores do elenco, evidenciando até uma falha importante na formatação do grupo para a temporada por parte da Diretoria, hoje talvez seja o único volante mais posicional que o Bahia possui.

É verdade que o Bahia tem Rezende, que iniciou bem a temporada no meio de campo e, após um período lesionado, foi importante como zagueiro. Ainda assim, é um volante que não tem por característica o passe e guardar posição, se mostrando um cara que avança mais.

Justamente por estas características, hoje, na minha opinião, Acevedo é um jogador que não tem sombra no elenco e, seja no esquema com 03 zagueiros, mas principalmente num esquema com apenas 2 defensores centrais, ele deveria ser titular em praticamente todos os jogos. Em determinadas situações, inclusive, como foi o caso do jogo de ida contra o Santos pela Copa do Brasil, ao lado de Rezende.

É bem verdade que Paiva não parece concordar muito, já que, segundo estatísticas extraídas do Transfermarkt em 24/05, o uruguaio foi titular em apenas 43% das partidas, tendo atuado unicamente em 56% dos minutos, muito pouco para um cara que não tem sombra no elenco.

Torcerei ansioso que o Bahia reforce essa posição na próxima janela, mas até lá torcerei ainda mais que Paiva use mais o uruguaio, principalmente com o espaçamento maior entre as partidas.

 @c_patrocinio

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