é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia
Publicada em 7 de novembro de 2022 às 03:35 por Autor Genérico

Autor Genérico

É festa na City!

Os leitores assíduos desta seção devem ter atentado ao meu silêncio durante praticamente todo o ano de 2022. Primeiramente, como eu havia dito, não havia muito o que comentar. Segundamente, preferi ver como o Bahia se comportava nesta campanha a qual, felizmente, culminou com o acesso à primeira divisão.

Quis o destino, ou a ruindade do ataque tricolor, que o acesso se desse longe de casa, a mais de 600 Km de Salvador. O torcedor do Bahia, acostumado à rotina do sobe-e-desce, tende a encarar as visitas às divisões inferiores como algo rotineiro, asssim como o nosso coirmão e eliminado Sport já se consolidou.

Apesar do time desafiar, a cada rodada, nossas placas de ateroma semiobstruídas, subiu uma equipe que se manteve relativamente estável ao longo da competição, com muitos empates e fazendo valer sua força dentro da Fonte Nova. Fazia tempo que não passávamos tantas rodadas dentro do G4 de uma competição de pontos corridos, mesmo com uma equipe insuficiente para a Elite nacional.

Deu a lógica: os “quatro grandes” subiram. O Cruzeiro, com sobras; o Grêmio, com folga; e o Bahia e Vasco, na última rodada. Os cariocas, numa partida dramática contra um Ituano incompetente. O Bahia, numa verdadeira partida de polo aquático, enfrentando um brioso CRB que nada almejava nem temia: uma partida, de certa forma, tranquila contra um freguês velho conhecido.

A Série A volta ao seu “normal”, com o G12, mais o Bahia e o “resto”. Um campeonato cada vez mais difícil, onde o dinheiro é quem manda e comanda, haja vista o desempenho de Palmeiras e Flamengo nos últimos anos, nossos primos ricos. O Fortaleza, outrora um time de Série C, vive boa fase, com direito a uma participação na Libertadores e possibilidade de encerrar 2022 na “página 1” da tabela.

Nesta mesma Série A que o Bahia da Nova Era deve passar a galgar melhores posicionamentos. Conforme sinalizado em vários textos meus, o mercado é o diferencial entre homens e meninos na primeira divisão; e o Bahia precisava entender isto na Era das Arenas supersofisticadas. A recente Lei sancionada, aquela das Sociedades Anônimas do Futebol, abriu as portas de um promissor mercado com pelo menos doze postulantes ao título. Depois de muitos tropeços e um rebaixamento, o presidente Belintani costurou um acordo inédito no Nordeste o qual, a priori, nos parece muito vantajoso e com um potencial grande de sucesso.

Belintani parte para seu último ano de mandato com a missão de ser o artífice de uma mudança de paradigma a qual nunca se viu antes na nossa região. Zerando-se as dívidas e mudando o perfil de contratações, esperamos que o ano que vem seja o primeiro do resto de nossas dívidas.

O torcedor do Bahia mais afoito já sonha alto. De fato, com tanto investimento, não há que se pensar em algo menor que uma classificação à Libertadores. Contudo, muita calma nessa hora. O mercado do futebol continua centrado em quatro Estados brasileiros, mormente no Rio de Flamengo e São Paulo de Palmeiras. Aguardemos que o grupo britânico faça por onde e torne o Bahia um efetivo player na concorrência por atletas de alto nível, tornando o time competitivo.

Torcida nós temos, mas não um mercado consumidor pujante, haja vista o IDH de Salvador e da Bahia. A torcida tricolor é sua maior riqueza e seu patrimônio, certamente o maior craque na campanha pelo acesso. Para 2023, pelo menos que sejamos um Fortaleza atual. Em diante, que sejamos um Atlético-PR. Mais à frente, que sejamos um Gre-Nal ou um Cruzeiro-Atlético. É o nosso limite, e daí pra diante o que vier será lucro.

Com a entrada do grupo de Manchester no Tricolor, temos pelo menos quinze anos de oportunidades para sair do padrão e subir mais degraus rumo ao Bahia que queremos. Morre o Bahia do Jargão, morre o Bahia de tricolores que tentaram trazer uma linguagem empresarial ao futebol, com resultados aquém do esperado. Agora, os verdadeiros profissionais estão em campo; e a esperança, mais viva do que nunca.

Não há mal que sempre dure. Quando este parece triunfar, e nos acomodamos ou conformamos, surge a luz no fim do túnel e as mudanças podem ocorrer quando menos se espera. Assim morreu Guilherme, o de Pádua, notório assassino que desfilava empáfia diante da família da sua vítima. O outro Guilherme, o Belintani, que Deus lhe dê muita saúde, que conduza o Bahia para seu devido lugar e entre para a História. Que assim seja.

Bem-vindo de volta à Elite, Bahia! E que fique por lá.

 

 

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Você gostou da nova camisa do Bahia inspirada no Superman?
todas as enquetes