é goleada tricolor na internet
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Publicada em 15 de novembro de 2004 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

É hora de corrigir os erros

Amigos Tricolores, mais uma batalha perdida. Embora o resultado tenha sido um empate, este veio com sabor de derrota. Primeiro, pela circunstância da partida anterior e da quarta colocação na chave que se mantêve. Segundo, por estar atuando em casa com o apoio de mais de 50 mil torcedores em pleno feriadão de 15 de novembro. Do ponto de vista matemático, considerando as quatro rodadas que ainda restam, não há motivos para desespero. Entretanto, o que vem preocupando a todos nós é a forma com que o Bahia vem jogando, não apenas nestas duas últimas partidas, mas há alguns jogos. Um misto de nervosismo e apatia (ou seria medo?) tem assolado os jogadores. Salvando algumas exceções, o espírito guerreiro que este time tinha no meio da competição parece ter sumido.

Existe todo um discurso politicamente correto no sentido de não ficar procurando culpados. Tudo bem, eu concordo. Não é hora de “caça às bruxas”. Mas os erros que estão óbvios precisam ser corrigidos. Primeiro, embora isto não resolva todos os problemas do time, é notória a necessidade de Rena jogar ao lado de Neto Potiguar no ataque do Bahia. O segundo tempo da partida deste final de semana comprova isto. Embora o gol não tenha saído, o time criou oportunidades que não vieram no primeiro tempo em que nosso gol saiu apenas num lance de bola parada. Mais uma vez ficou clara a inutilidade de Selmir no ataque do Bahia. É um erro mantê-lo. Repito, não é uma questão de encontrar culpados mas de corrigir erros!

Outro erro é de ordem técnico-tática. Com as peças que Vadão vem escalando nos últimos jogos, o time tem ficado com uma única opção de armação de jogadas ofensivas no meio-campo: Robert. Ou seja, se este jogador não se sai bem – o que vem ocorrendo nas últimas partidas – ou se for bem marcado – o que também vem ocorrendo – o time fica dependendo de chutões da defesa para o ataque fazendo a famosa “ligação direta”, geralmente ineficaz e dependente da sorte. Não podemos depender de sorte para vencer nossos jogos. É fundamental ter uma definição tática que dê opções variadas de ligação defesa-ataque passando pelo meio de campo com qualidade. Não podemos ter em Robert a única alternativa. Se tivermos um jogador habilidoso como Igor ou até mesmo Rena (caso a opção seja por Bebeto no lugar de Selmir) neste papel o meio de campo cresce e o próprio futebol de Robert tende a aparecer mais. Os adversários terão que se preocupar com outras jogadas ofensivas além das que passam pelos pés de Robert. O Bahia, jogando desta forma deixa de ser um time previsível como está no atual momento. Esta é uma necessidade fundamental para o time tricolor hoje: surpreender os adversários. Se Vadão não acordar para esta necessidade, a tão sonhada vaga na série A pode ficar seriamente ameaçada.

Por isto Vadão, acorde agora para a realidade. Hoje temos um jogo em casa onde um único resultado interessa: o triunfo. E em seguida temos a obrigação de recuperar em Fortaleza ou em Florianópolis os dois pontos entregues de bandeja no último sábado. Não basta tirar Selmir, tem que no lugar dele ter um atacante de qualidade e mais um meia que possa marcar e apoiar com qualidade – não apenas na base da raça como o guerreiro Ari – como Igor já demonstrou que pode fazer.

Por fim, é hora de cobrar resultados do trabalho do psicólogo Antônio Presídio. O que explica um time tão nervoso em campo como no último sábado ? O que explica a bobagem que Leonardo fez no lance do gol do Avaí? Parece que algo não anda funcionando também na preparação psicológica do time. É identificar e corrigir os erros.

Quem sabe, uma pressãozinha na parte mais sensível do corpo dos jogadores: o bolso. Não já temos prêmio estipulado e negociado para subir para a série A ? Que tal uma multa em caso de não subir ? Talvez seja a motivação extra que eles precisam para não desperdiçarem oportunidades nem fazerem bobagens como aquela do gol catarinense.

Saudações à Nação Tricolor que lotará novamente a Fonte contra os cearenses pois com certeza, apesar dos tropeços iniciais, voltaremos ao lugar de onde nossa torcida nunca deveria ter saído: a elite do futebol brasileiro.

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