é goleada tricolor na internet
veículo informativo independente sobre o esporte clube bahia
Publicada em 22 de fevereiro de 2012 às 01:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Hora da Virada

Não dá para dizer que 2011 foi de todo ruim, apesar da incômoda posição no Brasileirão. Permanecemos na Série A e de quebra ainda levamos uma das vagas da Sul-Americana. Pouco? Talvez. Mas olhando para um passado recente, podemos afirmar que está de bom tamanho.

Ver o Bahia começar o ano sem abrir o portão do Fazendão para Panticos, Morés e Faustos já é uma grande evolução. Manter uma base para início de temporada não representa títulos, mas já ajuda na formação de um time. São dois aspectos consideráveis e que devem ser destacados, principalmente, se quisermos analisar o Bahia de hoje e de ontem.

Com mais da metade do elenco definido, a pré-temporada começou diferente. Houve a demora tradicional na renovação de alguns contratos e na confirmação da chegada de reforços. Ao menos um time completo para entrar em campo no início do Baianão, sem depender dos imbróglios das contratações, nós tínhamos.

Rafael Donato, Coelho, Boiadeiro, Zé Roberto, Vander, Jeferson, Ciro e Morais chegaram. Lomba, Souza, Junior, Fabinho, Diones e Lulinha ficaram. E ainda tem: Omar, Madson, Diego Jussani, Danny Morais, William Matheus, Ávine, Fahel, Hélder, Gabriel, Magno, Lenine, Rafael, Felipe, Fábio e Jones. Saíram: Paulo Miranda, Maranhão, Jancarlos, Ananias, Marcone, Reis e Reinaldo.

Considero um bom plantel para iniciar um trabalho. O Baianão, querendo ou não, é experiência, mesmo que para nós ele tenha outro significado, já que não conseguimos vencê-lo desde 2001. É preciso aproveitar essa competição para avaliação do grupo.

Passadas algumas rodadas, já é possível algumas análises. Mas acredito que até o final do Baianão não teremos surpresas. Na minha avaliação, esse elenco é capaz de vencer o campeonato. Para outras competições, como Copa do Brasil e Sul-Americana, teremos dificuldades.

O começo do Baianão foi normal. Partidas ruins e resultados negativos. Em dez dias, nem mágico consegue deixar um time pronto para dar exibições de galã. Até que o elenco seja definido e os jogadores, fisicamente, cheguem num patamar equivalente, leva um pouco de tempo. O problema é fazer com que os torcedores compreendam isso.

A torcida é ansiosa, quer logo ver os resultados aparecendo, se possível, com goleadas e partidas inesquecíveis. Encontra no pessoal entendido da imprensa, vozes ferozes para entoar em uníssono o coro dos descontentes. Daí, surgem vaias e descontentamento. Falarei a respeito disso mais pra frente.

Uma coisa era evidente: com Joel o futuro não seria promissor. O esquema com três volantes, o preferido do Papai, nos deixava sem força ofensiva. E acredito que nem com Zé Roberto, Morais, Lulinha e Vander em forma ele mudaria. Felizmente, desse mal não sofreremos mais.

Ainda não vimos uma partida muito boa. A chegada do novo treinador fez efeito. Os três volantes são coisa do passado. E a julgar pelo que foi o atual comandante em campo, e pelas peças do elenco, acredito que poderemos ter surpresas. Não descartaria termos no time apenas um jogador de contenção. Esperemos.

As últimas partidas me deixaram mais animado. Vi um time mais solto em campo. Morais e Gabriel se ajudando e municiando a linha de frente. Com entrosamento é esperar mais rapidez na troca de passes e nas infiltrações. Zé Roberto e Ciro em forma vão ser importantes. Júnior e Souza disputarão posição. As indefinições ficam nas laterais. E na defesa precisamos de muito treinamento.

Acredito no grupo. Parece que eles já perceberam que podem fazer história no clube e aceitaram o desafio. Vejo em campo jogadores unidos, se dedicando, se entregando o jogo todo. O caminho é longo, mas a esperança não morre.

XXX

Jornalismo preguiçoso

Vou aqui fazer mais um protesto contra esse pessoal da imprensa especializada em futebol de Salvador. Como eles gostam de prever, como eles sentem prazer em polemizar e como eles se esquecem de dizer que quase sempre estão errados.

Apenas para lembrar episódios recentes, vou citar os casos de Márcio Araújo, Dodô e Paulo Miranda. Existem outros, mas esses servem para explicitar meu protesto.

Quando o Bahia trouxe Márcio Araújo disseram: “O Bahia precisa de um treinador de peso, de nome. Márcio Araújo não é opção para conseguir o acesso.”.

Com Dodô e Paulo Miranda foi parecido. Quase ambos foram mandados embora por suas respectivas estreias. Dodô demorou a engrenar, chegou a ser citado como muito novo para assumir a lateral do Bahia na Série A. Paulo Miranda foi tímido nos primeiros jogos, logo afirmaram que o jogador, vindo de uma equipe pequena do interior de SP, não teria condições de ser titular do Bahia.

O tempo passou e provou que eles erraram, mais uma vez. Márcio Araújo foi o comandante do acesso. Dodô substituiu Ávine e foi eleito um dos melhores da posição num dos prêmios do Brasileirão. Paulo Miranda se destacou e foi contratado pelo São Paulo, sendo hoje titular da equipe paulista.

Um novo ano e os mesmos vícios. As novas vítimas, segundo os entendidos, são: Rafael Donato e Boiadeiro, jogadores de times pequenos; Coelho, em fim de carreira. Não se leva em consideração aspectos como adaptação e entrosamento com os novos companheiros, quando se quer avaliá-los.

Julgamento precipitado e até certo desconhecimento sobre o assunto, além do jornalismo preguiçoso baseado apenas na polêmica. Essas são as tônicas da imprensa especializada no assunto em Salvador. O quadro é triste e preocupante.

O torcedor precisa ficar esperto e atento a esse pessoal. O negócio deles é tumultuar, arranjar discórdia e polemizar qualquer assunto. Reconheço que a cada ano eles vão perdendo espaço, mas ainda assim continuam nocivos.

Existem interesses pessoais em jogo e a responsabilidade em passar uma informação fica em segundo plano. Como formadores de opinião eles deveriam ter mais cuidado ou, no mínimo, se preocupar com as conseqüências. Não é bem isso o que acontece.

XXX

Padrasto Joel

Uma pequena pausa para falar de Joel Santana. Acredito que todos mereçam uma segunda chance. Por isso, quando MGF anunciou a chegada do papai ano passado, não fui tão contra, apesar de achá-lo um treinador retranqueiro e ultrapassado. Mas aquela história de sardinha não saiu da minha cabeça.

Sem meias desculpas, ele chamou o Bahia de pequeno. Simples assim. Parecia não se dar conta de que estava num programa de grande alcance nacional. Eu assistia ao Bem, Amigos quando ele menosprezou em rede nacional o clube que impulsionou sua carreira. Machucou uma nação de milhões de torcedores que, após a aberração proferida, manifestou-se imediatamente.

Ele chegou, desconversou e com seu jeitão malandro de ser, tapeou a todos. E quando a torcida parecia esquecer o episódio da sardinha, eis que surge o urubu para trazer tudo à tona. Quer saber, eu adorei. O Flamengo é o lugar dele. Agora o reino está completo: o Rei do RJ, a Rainha das Piscinas, o Príncipe da Baladas e a torcida boba da corte.

Obrigado e não volte mais, Joel!

XXX

Falcão

Novamente fomos surpreendidos no anúncio do novo treinador do Bahia. MGF saiu do lugar comum, assim como fizera em 2010 quando trouxe Renato Gaúcho. Falcão não era nome cotado em nenhuma lista de indicações. É uma aposta que, acredito, pode dar certo.

O fato de Falcão ter sido um jogador extremamente técnico é animador. Agora como treinador, espera-se que ele consiga montar um time ofensivo, sem esquecer de ser combativo e de saber se defender. Hoje, o elenco do Bahia oferece boas possibilidades.

Lembro pouco da Seleção de 91, em que ele era o treinador. Também não acompanhei o trabalho dele nas outras equipes que dirigiu. Sinceramente, não acho que seja tão relevante, já que ele ficou mais de 15 anos sem atuar nas quatro linhas. Sei que fez cursos, se reciclou e vinha se preparando para voltar há um bom tempo. O Bahia pode ser uma boa casa para um recomeço.

Tudo vai depender de resultados imediatos, infelizmente. Acho que até o final do Baianão, independente de êxito ou não, ele fica. A seqüência vai depender dos frutos, da imprensa e da torcida, principalmente.

Pelo pouco tempo de trabalho e pelos tipos de treinamento que ele vem realizando, a tendência é que o time mude. Falcão vem focando bastante na ligação meio-ataque, na precisão dos passes e nos chutes a gols. No futebol, os resultados só aparecem insistindo na repetição. E isso ele tem feito.

O resto vem com o tempo. Depois que a equipe base estiver definida, os jogos farão com que o entrosamento seja aperfeiçoado. Eu acredito em Falcão e no título do Baianão.

Saudações Tricolores!

comentários

Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.

enquete

Qual a posição que o Bahia mais precisa de reforços para 2025?
todas as enquetes