é goleada tricolor na internet
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Publicada em 1 de setembro de 2012 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Instabilidades & circunstâncias

Quando Ávine falou que interagia pouco com seus colegas de clube não o fez de forma clara, até pelo seu caráter introspectivo, e deixou no ar que o grupo tinha formato de panelinhas. Souza foi mais claro e disse que, depois do clube, a maioria dos seus colegas se dispersava cada qual indo para seu domicílio, mas que alguns até frequentavam sua casa. Natural, há grupos de casados e solteiros e isso por si só já são duas “panelas”.

Em momento algum eles disseram que havia brigas, xingamentos, racha e coisas similares. Ocorre que no Bahia as coisas ganham proporções fantásticas, onde uma formiga se transforma em elefante, consequência do porte do clube e de uma imprensa não muito criteriosa nas divulgações dos fatos, com raras exceções.

Ninguém de sã consciência pode afirmar que num grupo de convívio diário não exista discussões acaloradas. Se nas famílias biológicas existem brigas, imagine nas famílias temporárias. Particularmente, não tenho conhecimento de nenhum problema interno no elenco do Bahia, mas é claro que as discussões acaloradas acontecem a cada resultado negativo. É normal nas derrotas.

Quem teve acesso ao vídeo que, inclusive, está rolando no Youtube, deve ter notado um clima muito bom no vestiário antes do jogo contra o Santos – aliás, em nada me surpreendeu as atitudes dos eternos ídolos tricolores Leo Oliveira, Osni e Douglas, que foram levar apoio ao grupo, muito bacana e emocionante, até –, quando o Bahia ainda estava sob intensa dúvida do torcedor para aquele jogo.

Sou contra as entrevistas não autorizadas pelo clube – diferente de sugeridas –, acho que nos momentos tecnicamente difíceis, principalmente, o jogador pode colocar coisas indevidas publicamente. Nos grandes clubes europeus, nenhum jogador, ou membro de comissão técnica, está autorizado a dar entrevista falando das coisas do clube. Mesmo fora das hostes dessas instituições eles são proibidos contratualmente de emitir opinião sobre acontecimentos internos.

Com certeza, se alguma coisa grave estivesse acontecendo internamente, o diretor de futebol tomaria providências urgentes, pois a soberania do clube está em primeiro lugar. Jael era tido como ídolo, foi embora. Jobson era o todo poderoso ídolo, foi embora. Fernando fez uma campanha na Série B digna de uma convocação pela CBF, foi embora. Por que não outro qualquer desse elenco atual não iria?

Por que será que um clube que está em dia com os seus pagamentos, principalmente a folha salarial, estaria numa crise como parte da imprensa fomenta? Isto é raciocínio lógico, dois mais dois são quatro em qualquer parte do Universo.

A verdade é que, quando um time não está ganhando, tudo se transforma em crise e perdura por quanto tempo estiver afundado nas derrotas. O que jogou o Bahia contra o Santos foi uma grandeza! Dá pra dizer que os jogadores foram os mesmos – ou quase – dos jogos anteriores? Pois, foram.

Imagine então os resultados em campo, excelentes, do rival tradicional que está na Segunda Divisão, e para o Bahia um rosário de derrotas… Convenhamos, é dose dupla para o torcedor tricolor, não é? Sem dúvida alguma, isso tem influência na revolta da Nação. Faz parte, porque são esses ingredientes gostosos para um e péssimo para outro que dão vida à rivalidade e fazem de Bahia e Vitória um dos maiores expoentes do Brasil, em clássicos.

Há cerca de duas semanas, o Bahia era recebido no aeroporto de Salvador sob protestos e vaias. Na quinta-feira passada, os mesmos torcedores – creio – foram receber os jogadores com honras de heróis. Gabriel, muito criticado ultimamente, foi carregado nos ombros… Alguém falou em “barril de pólvora” depois do jogo? Para expulsar de vez a crise técnica e afastar as maledicências, é preciso dar sequência às vitórias.

PROIBIÇÃO

Sinceramente, acho que deixar a imprensa do lado de fora do portão, até que os jogadores desçam para o campo de treinamento, não tem nada a ver com o respeito aos profissionais da imprensa falada e escrita. Melhor seria estabelecer um horário para o expediente da imprensa no Fazendão, assim todos saberiam que antes desse horário teriam mesmo de esperar até que o portão fosse liberado. Seria mais elegante.

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