é goleada tricolor na internet
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Publicada em 23 de novembro de 2015 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Juntando os cacos

Pois é, agora é juntar os cacos, tirar proveito das lições do próprio erro, abraçar a humildade, deixar a vaidade de lado e pensar no Bahia. Mais um fracasso em 2016 e Marcelo Sant’Ana com seus pares desaguarão no oceano dos vaidosos narcisistas. Pela sua idade, ainda confio que tudo pode dar certo e aquele discurso eleitoreiro venha à tona materializando o prometido, porque é isso que a torcida espera ainda dessa gestão que muitos pedem a renúncia em bloco. Eu não penso dessa forma, acho que não há motivo para tanto.

* Há ganhos também, nem tudo é perda. Por exemplo, o clube manteve até aqui todos os seus compromissos com jogadores, funcionários administrativos e comissão técnica em dia. Claro, manter o trabalhador recebendo em dia é obrigação do empregador, mas no futebol brasileiro não é assim que funciona. No Bahia os diretores levaram isto à sério ao contrariar a prática da maioria dos clubes brasileiros – incluindo o próprio Bahia do passado.

* Mas não esqueçam de proceder da mesma forma na hora das dispensas, senão essa credibilidade vai pro vinagre e as ações contra o clube voltam a subir na bolsa trabalhista, além de jogar por terra todo um esforço de caixa durante o ano.

No elenco que aí está, existem jogadores aproveitáveis. O que não deve ser feito é dispensar jogadores por questões salariais se esses têm condições técnicas, ou simplesmente por achar que o cara não é simpático à diretoria. Foi assim que Fahel foi embora, por salário alto saiu Lomba, por falta de tato saiu Titi, Galhardo, Helder e outros que em minha opinião fizeram muita falta.

O que o presidente do Bahia deveria ter feito era se cercar de pessoas que conheçam futebol por dentro e por fora. Delegar poderes aos competentes é também uma competência, é uma virtude que define não só a humildade como a sabedoria, porque estas duas qualidades andam de mãos dadas – embora isto tem de ser trabalhado profundamente pelo presidente do Bahia porque efetivamente ele demonstrou não possuir nem uma e nem outra.

PATRIMÔNIO

O Bahia de hoje não tem patrimônio físico algum. Há um imbróglio que precisa ser resolvido com uma construtora e o presidente tem de envidar esforços nessa questão tendo como objetivo a Cidade Tricolor. Entendo que o Bahia só será do tamanho do seu nome, quando se voltar inteiramente para a infraestrutura. O que a famigerada administração anterior, com os seus devaneios, aprontou no quesito patrimônio envolvendo o Fazendão e o novo CT foi uma aberração.

Chegaram a anunciar que “agora o Bahia é dono do Fazendão e da Cidade Tricolor…” Confesso que achei muito estranho, mas como a política partidária estava envolvida com aquela administração, fiquei aguardando o desenrolar dos fatos. Aconteceu o pior, inversão dos fatos.

Evidentemente, os cardeais que fizeram parte da gestão passada – falo de arraia graúda e não da miudeza – que ajudaram a colocar o Bahia na Segunda Divisão e ainda o assombram, têm também responsabilidade nisso. O que não pode é o Bahia estar metido numa confusão dessas por absoluta irresponsabilidade de quem quer que seja – menos o presidente atual, que já encontrou o imbróglio todo cheio de nó.

Fato é que há um problema da mais alta importância para ser resolvido e quem tem de fazê-lo é o presidente do clube, porque ele se propôs a isto quando saiu candidato à presidência do E.C. Bahia.

Por isso, vou continuar cobrando porque ele entrou para consertar, consequentemente se tornou a vidraça na qual ele mesmo jogava pedras anteriormente.

Falar em modernidade e não colocar a Cidade Tricolor para funcionar – claro, desatando os nós entre clube e construtora – é um paradoxo extremo. O conceito do novo CT foi o melhor possível. Agora, se complicaram os meios de materializá-lo, aí passa a ser problema de quem está à frente do clube. Ele assumiu ou não o ônus?

Para quem administra um orçamento de proporções elevadas, manter suas obrigações em dia não quer dizer um ato heroico, mas sim de seriedade, e isto eu nem discuto. Porém, cuidar de todas as artérias do clube num só diapasão é o que precisa acontecer na gestão atual, e isso passa pela habilidade ao contratar profissionais e na condução do departamento de futebol, que é o verdadeiro motivo de o Bahia existir.

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