Que bom que seja assim porque o brasileiro precisa se ligar em outras modalidades do esporte para disciplinar um pouco mais a emoção e colocar em ação a interatividade mais abrangente. Nada melhor para isso que os jogos olímpicos.
Especialmente foi e está sendo muito bom ver os baianos Isaquias, Robson, Erlon e Walace elevarem a tradição cultural da Bahia de forma brilhante. Que incentivo maravilhoso para as crianças e adolescentes… certamente as drogas perderam incontáveis e potenciais clientes, e esta é uma outra vitória desses ilustres baianos medalhistas olímpicos.
O esporte deve ser cultuado com espírito olímpico e não com a mesma “paixão” clubística que vem matando o civismo nos estádios de futebol do Brasil a passos largos — haja visto as torcidas organizadas que se tornaram profissionais e se acham no direito de invadir locais de trabalho pertinentes ao clube e determinar regras, às vezes.
O avanço da tecnologia está construindo uma Aldeia de porte inestimável devido à globalização e, o esporte como um todo, é uma das colunas importante desse modernismo para transformar costumes, conceitos arcaicos e a violência das bestas travestidas de humanos uniformizados.
Estamos vivenciando, ainda, o impacto da Terceira Onda das sucessivas revoluções da humanidade. A primeira onda foi lançada pela revolução agrícola, a segunda pela revolução industrial e a terceira onda está criando uma nova civilização com seus próprios modelos; um novo estilo de vida, ética de trabalho, atitudes sexuais, conceitos de vida, suas próprias estruturas econômicas e convicções políticas.
Portanto temos de ter a consciência de que podemos efetuar uma transição pacífica para uma nova sociedade, mais ajuizada, mais sábia e mais democrática. Mas essa democracia só será eficiente se for educada, e, nesse aspecto, ainda ficamos a dever ao mundo mais adiantado socialmente falando.
É por isso que as competições olímpicas têm de ser aplaudidas literalmente porque elas nos abre um livro maior para ser lido com denodo e assim podermos aprender com o nosso próprio comportamento — questão de autocrítica.
Vi o olhar do resto mundo voltado para o Brasil e deu para perceber quanta maravilha contém as comunicações eletrônicas deste Século, bem como a nobreza do esporte olímpico que arrasta multidões na enxurrada que a Terceira Onda da evolução humana promove.
— Temos que pensar, porém, na sociedade desenfreada do consumo frenético da Era cibernética que pode nos transformar numa espécie diferente de autômatos.
Vi o francês Renaud Lavillenie ser cruelmente vaiado numa competição onde o aplauso é fator importante porque o Record é o objetivo. Não deveria ocorrer portanto a vaia. O silêncio em vez da vaia seria um sinal de educação e respeito para com um medalhista Olímpico e isto bastaria, já que aplaudir parecia impossível.
Mas como comportamento é questão de aprendizado vi a Alemanha ser aplaudida pelo público que lotou o Maracanã ao conquistar a medalha de prata, era o civismo e o espírito olímpico triunfando absolutos naquele momento…
Fica o belo legado de aprendizado das Olimpíadas do Brasil. Está no Ar a esperança de dias melhores para nossos jovens. Alivia-nos um pouco a dor de um legado Político pífio em decência perante o mundo. Reina a luz.
E voltemos agora esperançosos ao futebol propriamente dito, mais especialmente o E.C. Bahia:
Empate sofrido com o Atlético Goianiense e um triunfo tranquilo contra o Avaí de Santa Catarina. No atacado marcou quatro pontos e colocou o pé na estrada rumo ao G-4 com média por jogo de 2 pontos nesta segunda fase do campeonato, mas a necessidade daqui pra frente é de pelo menos 2.3 pontos por jogo para ascender.
Agora é uma questão de apoio e respeito pelo trabalho dos profissionais que envergam o scudetto tricolor. O Bahia pode estar se reencontrando com os triunfos porque a sua identidade com eles é histórica. Vontade para que isto volte a ser fato natural não falta aos atletas e disso não tenho dúvidas.
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