é goleada tricolor na internet
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Publicada em 7 de março de 2025 às 19:20 por Djalma Gomes

Djalma Gomes

Nasceu para vencer, respeitem isto

Um futebol medíocre, escalação equivocada taticamente, e um gramado péssimo para a prática do jogo técnico, compuseram nesse dia, 6, em Montevidéu, o cenário da pior partida que vimos o Bahia praticar neste ano. Falta de precisão nas raras finalizações, meio de campo sem nenhuma criatividade e capenga pelas laterais devido ao esquema com três zagueiros. Nada produtivo esse Bahia. O treinador Rogério Ceni entrou com medo de um adversário fraco e assombrado com um Bahia que na verdade não está assombrando ninguém. 

O sentimento do torcedor Tricolor, neste momento, é de pessimismo quanto ao jogo de domingo em Feira de Santana, contra a Jacuipense, cuja folha salarial é menor do que o salário do jogador mais venerado que há no Bahia, que por sinal precisa não só encantar com seu futebol de toques mágicos na bola, mas sim, voltar a ser mais incisivo no que sempre foi a sua principal característica: desequilibrar o jogo, o adversário, e instabilizá-lo técnica e emocionalmente. É sobre Everton Ribeiro a quem me refiro com todo respeito que merece, mas está deixando a desejar.  

É preocupante ver essa instabilidade técnica no Bahia, mormente quando observamos essa formação medrosa com três zagueiros em jogos que exclui os laterais ofensivos e sacrifica o bom Gabriel Xavier – além do Juba, que nada produziu como lateral – em detrimento de Arias, Gilberto e Borduchi respectivamente. O problema é que o Bahia não esteve enfrentado clubes tradicionalmente copeiros e grandes, assim chamados. Tem enfrentado sim, clubes como o doméstico Jacuipense, os sofríveis The Strongest e Boston Ríver que nem são da vitrine principal do futebol Sul-americano. 

O que acontecerá na fase de grupos da Libertadores, onde possivelmente o Bahia estará, é incógnito. Exceto se Ceni montar o time para competir em alto nível, como fez na Bolívia, mais precisamente em La Paz. Inventando posições táticas defensivas para garantir empates como em Montevidéu, é certo que fracassará. Quem quer conquistar algo maior na competição tem de começar com a grandeza de entender o tamanho do clube, que não por acaso é o pioneiro da Libertadores, no Brasil. 

Esse entendimento passa também pelos jogadores. Jogar para ganhar sempre foi uma norma no Bahia acostumado às vitórias inusitadas que marcaram épocas para a construção de uma história honrada e cheia de conquistas eternizadas nos píncaros da Glória Tricolor – não é demais lembrar-lhes que em 1960 os dirigentes da CONMEBOL se reuniram com dirigentes da então CBD no Rio de Janeiro para colocar em prática um projeto idealizado nos anos 40, quando decidiram realizá-lo e denominá-lo como Copa dos Campeões da América. 

Na edição inaugural participaram os campões de sete países Sul-americanos. O Bahia como Campeão Brasileiro, título conquistado em pleno Maracanã contra o Santos de Pelé & Cia, numa melhor de três, foi, portanto, o legitimo representante brasileiro na primeira Copa dos Campões da América, que em 1965 foi denominada Taça Libertadores da América. Só nos anos 90 a Libertadores se tornou mais pluralizada e mais competitiva, permitindo adesões pelos critérios por méritos. 

 Dito isto, finalizo meu protesto lembrando das conquistas e da tradição da instituição, para que cada jogador, cada membro da comissão técnica, reflita sobre como Bahia deve ser respeitado e tratado de acordo com a sua história pelos homens que hoje dirigem o seu destino e por todos que devem a continuação da preservação do respeito à memória de uma geração que construiu com dignidade, inspiração, amor e transpiração, esse clube chamado Bahia, 94 anos de existência, que agrega à sua história o seu mais pragmático lema, “Nasceu Para Vencer”. Respeitem isto. 

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