O Bahia de hoje é o Vitória de ontem, e o Vitória de hoje é o Bahia de ontem, em todos os aspectos, excetuando-se a torcida tricolor, que continua cada vez mais evoluindo em quantidade e com mais consciência do seu papel. Já a consciência dos dirigentes tricolores é refletida em campo pelo próprio time. Esses dirigentes se preocupam mais com as questões pessoais extracampo que cumprir promessas feitas quando conveniente pra eles.
Do outro lado, também existe a politicagem mesquinha, mas o presidente rubro-negro dá show em contratações, foca no seu objetivo e não dá ouvidos e nem espaço aos politiqueiros de plantão que querem o poder da forma mais desinteligente possível, pois o time em campo vai bem e o clube segue bem administrado como um todo. Contra fatos não existem argumentos.
No Bahia, a coisa não vai bem por falta de comando único, posto que há uma eminência parda que não deixa o já sossegado presidente tomar atitudes. Pior é que essa eminência parda nem de futebol entende, mas de complicar a vida tricolor ele sabe e sabe bem. A tradição tricolor vai sendo deixada à margem e a política que ilude o torcedor continua ganhando corpo.
Na gestão passada, a oposição crucificava o então presidente tricolor e queimava vivo em fogueira o presidente do Conselho, Ruy Accioly, por ser assalariado do clube. Falavam de ética e coisas assim… Hoje, o cargo de gerente jurídico no Bahia, que salvo engano é exercido por um conselheiro, rende um salário igual ou superior ao que se falava que Ruy ganhava, e tudo está certo… Podem até questionar-me dizendo que o Estatuto atual permite, mas se é assim fica pressuposto que legislaram em causa própria.
Não sou contra profissionalizar a instituição em todas as suas esferas, o clube e o homem precisam sobreviver e o caminho é o da profissionalização com cumplicidade ideal. Entretanto, sou contra a incoerência entre o passado e o presente dessas mesmas pessoas, pois combatiam o expediente anterior e, uma vez situação, aperfeiçoam (…) a cultura que tanto criticavam.
Fazer essa profissionalização sem medir as reais consequências para o caixa tricolor, há muito combalido em suas finanças, no mínimo o que se pode dizer é que houve precipitação. A transição teria que ser feita com mais responsabilidade e severo cuidado, pois fazer algumas contratações de jogadores era imperativo para que o Bahia não passasse pela angústia que está passando sem saber se fica onde está, ou se cai para a Segunda Divisão.
Palavras de um amigo meu: não existe castigo e nem recompensa, só consequências. É a Lei da causa e efeito. Preocuparam-se em perseguir e esqueceu-se de prosseguir.
Torço muito para que a Segunda Divisão seja só um pesadelo nas nossas noites e, ao final dessa jornada, possamos acordar e reencontrar o Bahia no lugar que lhe é de direto. Um clube Bicampeão Brasileiro não deve regredir ao passado médio em que esteve afundado nas divisões inferiores do futebol do Brasil. É dever de quem está no comando do clube impedir que esse desastre, que traria consequências inimagináveis, torne-se realidade.
É incompreensível se falar de dentro pra fora que o clube não contratou porque não havia dinheiro. Sabiam disso desde a intervenção, então por que prometeram jogador até em nível de Seleção Brasileira? Por que ao invés de acomodar pessoas com altos salários em nome de uma profissionalização inexistente não se destinou esse dinheiro às contratações das quais o Bahia carece e padece?
Vi e ouvi torcedores mais animados à época da intervenção dizendo que o Bahia formaria um timaço de futebol porque o governo traria grandes investidores para o Bahia… Ora, que descalabro se imaginar tal absurdo, até porque o governo tem de se preocupar é com as inexistentes condições de Saúde, Segurança e Educação, não com o futebol como, aliás, se meteu. A parte que lhe cabe no Esporte é dar-lhe infraestrutura vide Fonte Nova e depois cobrar dinheiro por isso.
TIME EM CAMPO
Não passa nenhuma confiança e muito menos anima o torcedor comparecer ao estádio. No jogo deste domingo, contra o Náutico, ficou ainda mais delineado que as dificuldades continuarão até o último jogo. Sorte já deu demais! Vasco e Fluminense seguraram a onda pro nosso Tricolor por muito tempo! Meu medo maior agora é porque o Bahia depende só dele.
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