é goleada tricolor na internet
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Publicada em 27 de novembro de 2011 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

O Fatorial de 1899 e o torcedor da bolinha dourada

Agora sim! Matematicamente conquistamos a taça!

Taça?! Que taça?

Não é uma taça real, e sim uma taça simbólica: a do Campeonato Brasileiro de Não-Rebaixamento!

Assim como em 1959, um resultado heróico contra o todo-poderoso Santos de Neymar, o novo pelezinho da crina amarela em plena Vila Belmiro!

Ao Baêa do bom goleiro Marcelo Lomba, nossos agradecimentos por não termos levado no lombo neste ano de 2011.

À Sua Permanência, o Presidente do Esporte Clube Bahia, nossas felicitações pelo excelente resultado e pela acla… digo, eleição vindoura.

Aos nossos ex-craques Jaera, o Boxeur, e Jobson, aquele que pula num pé só e faz gol pra caramba, nossos agradecimentos por terem de certa forma contribuído para este honroso e inesquecível título hors concours.

E, logicamente, não poderia deixar de agradecer à grande e inonimável TORCIDA DE OURO, aquela composta de elementos vibracionais de alta amplitude; do Binha de São Caetano ao torcedor das sete cabeças e sete diademas, montado no cavalo branco apregoando o Juízo Final. Obrigado, galera!

Rumo ao Bonfim, que fica perto da Ribeira e longe do hálux caboclal do Campo Grande! Vumbora Península de Itapagipe, nossa porra! Parodiando antigo comercial da TV Aratu: “é festa em Salvador/Sou da primeira com amor/TV Aratu, canal 4… Salvador meu amor/BAÊAAAAA!!!”

(…)

Garantido o “fico” entre os vinte maiores clubes do Brasil, começo esta sessão falando de um velho amigo.

Ora, não é o meu amigo Charlie Brown, e sim o nosso maior rival, o Esporte Clube [censurado] 1899 (número acrescentado ao nome do clube no afã de parecer um time alemão?!). Aquele clube engraçado de lá de Canabrava; ali pertinho do Pau da Lima que eles tanto gostam.

Todos acompanharam, logo após o Elevador Lacerda catapultar o Bahia para a Elite e o rival pros quintos dos infernos, aquela campanha patética: “vamos subir de avião, porque de elevador demora sete anos”.

Só que eles esqueceram de uma coisinha.

O elevador sobe e desce, porém também quebra: assim como quebrou por obra e graça do prefeito Joãozinho, aquele cujo avô deu um nome mais respeitoso à latrina do Aterro Sanitário.

Quanto ao avião, realmente o vice de tudo, com sérias restrições orçamentárias, adquirira durante o campeonato uma passagem de companhia aérea de baixo custo rumo à primeirona.

Lamentavelmente, a aeronave rubro-negra era semelhante à de uma companhia pernambucana de baixo custo (tão baixo quanto o custo de seu elenco e quanto a ambição de sua diretoria e torcida) cujo avião caiu e todos morreram literalmente na praia.

Quis o destino, para alimentar o meu infame trocadilho, que o algoz do Urubu virgem de cento e doze anos fosse um pernambucano.

Não adiantou o leão da Bahia comer asa de galeto assado na televisão de cachorro, mesmo cozinhando o galo em fogo baixo durante o intervalo da partida. O outro leão, de Pernambuco, comeu seu pequi com arroz aqui no Goiás e abocanhou a vaga.

Para aumentar o rol de trocadilhos, quis o destino também que as palavras SÃO CAETANO, extensão da alcunha do tão criticado “torcedor-símbolo” Binha, fossem duas palavras unânimes de regozijo da torcida tricolor.

FATO é que o rival poderá disputar apenas duas ou três vagas ano que vem na segunda divisão, pois uma ou duas delas poderão ser cobiçadas por Cruzeiro e Atlético Paranaense em 2012.

FATO é que estamos fartos de sermos desclassificados no campeonato estadual por clubes DE segunda divisão.

FATO é que até terminar o mandato do prefeito Joãozinho, pelo menos, esse elevador não sai do lugar. Talvez o rival prefira o Plano Inclinado do Pilar, o qual passou mais de vinte anos fechado.

FATO maior é que ficam aqui meus sinceros votos de que o rival suba no futuro. Mas que suba daqui ao FATORIAL de 1899 anos, para fazer jus ao seu sufixo numérico de padrão europeu.

Na matemática, o fatorial de um número natural n, representado por n! , é o produto de todos os inteiros positivos menores ou iguais a n (trecho roubado da Wikipedia). Ou seja: o fatorial de 1899 é 1899 x 1898 x 1897 … x 3 x 2 x 1. Isso dá um número tão abissal de grande que eu acho que nem dá para escrevê-lo aqui em menos de 5 linhas; exceto talvez se for em notação científica.

Como este número deve ser em algarismos maior do que o tempo que ainda resta de vida no Planeta Terra, em verdade vos digo que eu quero é mais que o nosso rival se exploda!

(…)

E como não poderia deixar de ser nas minhas colunas, fica aqui a menção honrosa à Sua Aliviecência, o Presidente do Esporte Clube Bahia.

Hoje à tarde, eu, um torcedor de ouro, só pude apreciar este valoroso metal olhando para o dedo anular da minha mão esquerda e vendo a bolinha dourada aparecer e desaparecer durante a transmissão desportiva televisiva de uma certa rede cuja sede fica no Jardim Botânico, Rio de Janeiro.

Para ser sincero, nem quis caçar pelos links piratas da internet o jogaço do motivado Bahia contra o desmotivado Santos de Neymar. Não assino TV paga porque para mim isso é dinheiro jogado fora, haja vista eu não ter tempo de ficar em casa vendo Animal Planet, Nickelodeon, National Geographic ou a 1234567890º reprise de Titanic no Telecine Premium sem ser pay-per-view. TV Câmara e TV Senado pelo menos assisto na TV aberta.

Enquanto eu jazia no sofá de casa, com a latinha de cerveja na mão no modo Homer Simpson; e com a mulé zuretando meu juízo em pleno domingo (obviamente, elas tem mais medo desse tal de PHUTEBOL do que da estagiária gostosa do sutiã número 46 que vive te dando mole…), via os grandes de sempre Vasco, Corinthians, Fluminense, mais os grandes de ocasião Figueirense e Coritiba lutando até o fim por um lugar no estrelato. Dava graças a Deus por não estar na pele de cearenses, atleticanos paranaenses e cruzeirenses; porém, suspirava fundo assistindo mais uma emocionante rodada deste emocionante campeonato, para desespero dos conspiracionistas; e vendo que meu time, só para variar, não fazia parte daquela festa toda; só da festa da xêpa. Vendo aquela festa do futebol disputado apenas em campo e com o show de outras torcidas que não a nossa.

Portanto, obrigado mais uma vez a Sua Abulicência, o Presidente do Esporte Clube Bahia, por preservar as minhas artérias de picos pressóricos que poderiam ser fatais; e por preservar as minhas coronárias de um ataque de agregação plaquetária, isquemia, etc. Muito obrigado por se importar com a nossa saúde!

E seguimos na nossa vidinha mais-ou-menos; de não-f*-nem-sai-de-cima.

Oxalá 2012 traga algo de diferente além do resultado do pleito presidencial no Bahia.

Amém!

Saudações TRICOLORES BAIANAS e EXCLUSIVAS na série A aos leitores do ecbahia.com; e saudações pernambucanas às leoas canabravenses. Inclusive a bandeira de Pernambuco também tem as cores azul, vermelha e branca! Visse???

PS: Espantado o fantasma de Bechara para próximo domingo, que pelo menos consigamos a vaguinha na Sulamiranda. Este título, apesar de inexpressivo, pelo menos pode motivar alguma coisa. Mas, se for para tomar pau de Lanús e Oriente Petrolero, melhor nem disputar!

PS2: Desculpem, caros irmãos cearenses e nordestinos, mas farinha pouca meu pirão primeiro. Além do mais, teremos mais dois nordestinos na primeira ano que vem. E destes dois nordestinos, nenhum deles é sediado num depósito de lixo!

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