O futuro é aqui

Há duas semanas, numa quinta feira à noite, o telefone toca, era o meu amigo André Americano convidando-me para jantar num restaurante aqui pertinho de onde moro. Lá estava Leuser Americano, que na verdade é sempre o mentor desses nossos encontros. No final do jantar Leuser tem a ideia de sugerir ao presidente do Bahia, Marcelo Filho, para fazermos uma visita ao novo CT tricolor. Ligamos para o presidente e este aprovou de imediato e entusiasticamente a sugestão, e na sexta feira passada seguimos em comitiva…

São nove mil metros quadrados edificados, em fase final de acabamento, num terreno de trezentos e cinquenta e cinco mil metros quadrados, distante cerca de 40 km de Salvador, em rodovia que está sendo completamente duplicada. É ali que está sendo erguido o futuro do Bahia, o maior Centro de Treinamento do Brasil.

Uma real Cidade Tricolor, que só indo ver de perto para avaliar a grandeza dessa mola que impulsionará o Bahia definitivamente às melhores referências no Brasil e no mundo, em se tratando de estrutura e celeiro. Posso até arriscar que, se as duas etapas ficarem prontas – a primeira é líquida e certa – até o final do ano, certamente o CTT será sede de treinamento de algum país durante a Copa do Mundo.

“Lindo, lindo, lindo, sob todos os aspectos, Djalma, coisa com padrão de primeiro mundo!”, foi a exclamação do ex-presidente Paulo Virgílio Maracajá Pereira enquanto caminhávamos, sós, um pouco atrás da comitiva. Ele em nada exagerou, apenas definiu com simplicidade essa nova realidade do Bahia.

Ver aquela cidade já edificada como se estivesse surgido, de forma mágica, de dentro da vegetação que circunda a cidade de Dias D’Ávila, o mínimo que temos de fazer é sentir orgulho de ser torcedor do Bahia. Chego mesmo a dizer que com uma obra daquele porte todas as diferenças ideológicas deveriam ceder lugar ao reconhecimento, fazendo justiça, principalmente, ao seu idealizador.

A Cidade Tricolor é um salto à modernidade. Time de alto nível técnico e profissional será consequência do que ali se constrói. Isto é que precisa ficar claro nas mentes tricolores. Não se chega a lugar algum sem uma bela e eficiente estrutura, e é isso que Marcelo Filho e seus pares estão fazendo, e é isso que me faz acreditar no Bahia dos meus sonhos.

– Curioso é que há quem diga, em claro tom de inveja e incapacidade, que a Cidade Tricolor foi parar no colo do presidente do Bahia porque a construtora forçou a barra. Barra… Do quê?

Quando Marcelo Filho assumiu a presidência, dias depois eu escutei dele que o seu principal fito seria mudar o CT do Bahia para um lugar maior e melhor. Como fazer isso acontecer ele ainda não sabia, mas alimentava tal sonho com prioridade. Foi então que a partir da parceria com a OAS surgiu a ideia e esta se concretizou para alegria da torcida e bem do Esporte Clube Bahia.

Prevejo que até o mês de Junho, quando possivelmente ficará pronto o novo CT, também ficará pronta – suponho pelo adiantado das obras – a segunda pista da rodovia que dá acesso ao Polo Petroquímico e consequentemente à Cidade Tricolor. Ou seja; significa que iremos de Salvador ao CT, confortavelmente, dentro da cronologia segura. O ônibus tricolor não gastará mais que 40 minutos do CT à Fonte Nova com essa rodovia duplicada.

Fato é que a Cidade Tricolor tornou-se uma realidade, que eu diria em curto prazo, e marcará uma nova etapa na vida do Bahia. O Fazendão ficou pequeno e espremido pelas adjacências no entorno dos seus muros e já não atende devidamente as necessidades do Tricolor. Foi assim com a Fazendinha e está sendo agora com o Fazendão. São ajustes necessários em novos tempos.