Apesar da derrota para o Ceará, o Bahia de Sérgio Guedes não tem decepcionado. E o que mais me anima é que agora vejo um comandante de fato à frente do time de futebol. Era só uma questão de encontrar as pessoas certas para os lugares certos para que tudo funcionasse bem com o futebol. Uma questão de paciência, já que uma situação eventual se postou inevitável. Agora as coisas começam a acontecer. Se cedo ou tarde só mais na frente saberemos.
Paulo Carneiro tem arcado com frieza o ônus da aposta que fez no seu próprio trabalho. Não é fácil alguém chegar e arrumar uma casa completamente desarrumada em questão de meses. Principalmente sem as devidas condições estruturais e financeiras como ele encontrou o Bahia. Mesmo assim ele não desistiu e, com a autonomia que tem, colocou em condições de trabalho bem satisfatórias o Fazendão e tudo que se relaciona ao futebol tricolor.
É um problema aqui e outro ali, mas a consciência profissional no Bahia está absolutamente dentro dos melhores padrões do futebol brasileiro. Não tem sido fácil consertar o que parecia sem conserto, mas está acontecendo. O torcedor deve visitar as hostes do Fazendão para se certificar de uma versão muito mais moderna do seu Tricolor.
Eu acredito muito na capacidade gerencial de Paulo Carneiro e acho-o, profissionalmente, imprescindível ao Bahia, atualmente.
Provavelmente serei alvo de críticas por parte daqueles que só pensam o Bahia de forma leviana e perversa, com criticas deselegantes e alcunhas depreciativas à moral de quem está tentando melhorar um pouco as coisas pós-caos e bem antes do prazo normal.
Pensem e digam o que quiserem. A minha linha, porém, é a de opinar sobre fatos e conceitos, e relatar fielmente o que de bom está acontecendo no E.C.Bahia.
Houveram momentos ruins, sim, mas a busca era constante e algo precisava ser priorizado. E esse algo era justamente o futebol, razão maior da existência do Bahia e dessa imensa torcida. Vale salientar que enquanto as más línguas tentam achar indisposições entre Marcelo Filho e Paulo Carneiro, aquele apoia este integralmente, dando-lhe a autonomia necessária. E não poderia ser diferente.
Num cenário de dificuldades financeiras não se pode atacar todos os segmentos de um clube onde há carências de toda ordem. Em momentos assim se elege a prioridade das prioridades e foca-se definitivamente nela até amenizar tais dificuldades. É o que tem feito o presidente do Bahia.
Uma vez saneada essa prioridade, ainda que em parte, volta-se o foco em outras direções para convergir numa solução plausível as demais carências do clube. Uma situação difícil como ainda é a do Bahia não se normaliza em meses, em tese normaliza-se em anos. Mas há quem sonhe embaixo dos lençóis sem a responsabilidade de ser o administrador das dificuldades do clube.
Não é tarefa normal conduzir uma empresa sem as receitas necessárias para o bom desempenho de todos os seus departamentos. No Bahia, eu sei, mata-se dois leões por dia para o equilíbrio da vida tricolor.
Administrativamente falando, o carro está nos trilhos. O Bora Bahêa está aí, vai indo de vento em popa, em pouco tempo o ingresso custará à torcida a metade do preço atual, e para isto basta apenas que o torcedor se associe ao Bora Bahêa.
A negociação com a OAS sobre a construção de um novo CT é tão verídica quanto necessária, e eu diria mais: a OAS foi quem procurou o Bahia, há cerca de cinco meses, para propor a negociação, e durante todo esse período as conversas têm acontecido. Claro, não está ainda oficializada essa negociação, mas está muito adiantada e perto de ser concretizada. É só uma questão de detalhes.
Como em todas as negociações não havia interesse das partes em divulgar o fato antes de definido e então submetê-lo ao Conselho, por motivos óbvios. Mas alguém detonou a notícia e o presidente Marcelo não teve outro jeito a não ser confirmar. Mas em momento algum ele disse que o negócio está fechado. Entretanto, este colunista afirma que este é um fato real prestes a ser realizado.
Quanto à Sede de Praia, o presidente do Conselho Deliberativo, Ruy Accioly, deve estar enviando nota de convocação através do site oficial do clube para uma reunião nos próximos dias, quando será discutido o assunto Bahia/Prefeitura/Sede de Praia. Talvez a essa altura a nota já esteja no site.
Críticas devem e precisam acontecer, mas construtivamente. Críticas que visam desqualificar o ser humano e o administrador devem ser abominadas tanto quanto os seus autores. É imperioso acabar com esses estigmas relacionados injustamente à diretoria tricolor. O momento é outro.
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