é goleada tricolor na internet
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Publicada em 4 de dezembro de 2010 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

O pesadelo chegou ao fim

O pesadelo chegou ao fim. Não diria que foi um sono longo, mas um estado vegetativo temeroso do qual o Bahia está saindo após sete anos. Foi quase um milagre sobreviver recluso nas divisões inferiores! Agora é vida nova e, se bem pensada essa vida, vale uma lição muito importante para que jamais o E.C.Bahia entre num estado de decomposição tão avançada como a que se verificou nesses sete anos.

A Era da tristeza foi-se no memorável jogo contra a Portuguesa, numa das festas mais lindas e badaladas pela imprensa nacional, protagonizada pela Nação tricolor, que contagiou além da Bahia milhares de corações. Mas as dificuldades ainda não acabaram. Daqui pra frente não se pode ter medo ou pensar em retrocessos. É aperfeiçoar o profissionalismo em todos os setores do futebol, cuidar na realização da Cidade Tricolor, e transformar o Bahia num clube digno da sua tradição.

Tomara que a Fonte Nova seja, também, parte efetiva de uma transformação completa no futebol da Bahia e de acordo com as tradições culturais do nosso Estado. Não há dúvidas que a Copa do Mundo aumentará o prestígio mundial da Bahia, inclusive pela globalização das imagens da torcida do Bahia que protagoniza para o mundo um sentimento fraternal de festa inigualável. Isso aumenta a responsabilidade do Bahia de forma global.

Com uma torcida ascendente, bem ao contrário do que se falava, e que se espraia de forma impressionante por todo o Estado, ela foi a peça principal para que o Bahia retornasse finalmente à sua condição de um dos ícones da Primeira Divisão do futebol do Brasil. Essa torcida foi fundamental também em outros estados, a exemplo de São Paulo, numa prova real do seu crescimento sem fronteiras.

O sofrimento humilhante nas divisões inferiores do nosso futebol vai para a parte sem brilho da história do Bahia. Isto servirá apenas como reflexão, coisa que este colunista já chamava atenção dos dirigentes, pelos idos de 2005/2006, para a renovação de idéias, senão de pessoas. Mas a política clubística continuou sendo ultrapassada pelo tempo e o Bahia se perdeu nesse meio cheio de vaidades pessoais…

Clarice Lispector imortalizou a seguinte frase: “perder-se também é caminho”. Pois é – contanto que não fiquemos parados no meio das dificuldades contemplando o infortúnio. Enfrentar as intempéries e não se acovardar diante do que apareceu pela frente foi o que trouxe de volta o Tricolor do emaranhado em que se metera.

Chega um momento em que “até cortar nossos próprios defeitos pode ser perigoso… Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro”. A partir disso é preciso ter a ousadia de tentar, com cuidados, mas sem medo. É essa ousadia que a torcida espera dos dirigentes do Bahia, que não podem repetir os erros dos seus antecessores que dormiram sobre os louros das conquistas de uma época. Agora foi queimada apenas uma etapa. A etapa mais importante está só começando…

Em nossa opinião o grande passo que o Bahia deu nesses quase dois anos da Era Marcelinho foi contratar Motta, Renato Gaúcho e Paulo Angioni – Renato, principalmente, pelo seu prestígio e credibilidade junto a clubes e jogadores. Manter Angioni e Motta por pelo menos mais uma temporada é algo digno da palavra planejamento. Digo sem medo de errar que, profissionalizado como está o Departamento de Futebol do Bahia, retrocesso é algo verdadeiramente fora de cogitação, mesmo partindo dos mais pessimistas torcedores.

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O caso do goleiro Fernando… De forma profissional e ética, já que envolve a reputação de um atleta, o gestor de futebol Paulo Angioni, possivelmente, não quis externar a causa real da dispensa do atleta. No futebol, como em todas as profissões, existe o chamado líder de grupo, aquele que fala em nome dos colegas, ou o que toma a iniciativa de uma rebelião, digamos assim, incitando os companheiros a segui-lo…

Independente da importância desse atleta, ou funcionário, como queira, a empresa tem de tomar uma atitude exemplar, ainda que esse exemplo seja doloroso para ambas as partes. Perde-se uma ovelha, mas não se perde o rebanho. Suponho que tenha acontecido isto entre Fernando e o Bahia. Mas talvez a realidade dos bastidores seja outra bem diferente da que imagino.

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Não vejo nem Silas e nem Jorginho como treinadores no Bahia. Vadão não tem mais o perfil que o credenciou no passado a treinador tricolor, é desses treinadores que gostam de levar jogadores da sua “preferência” para o clube que treina, e ao que parece isso não faz parte da cartilha de Angioni.

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