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Publicada em 9 de setembro de 2011 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

O que é incompatível no futebol do Brasil

A dança interminável dos técnicos e as arbitragens são as duas principais e mais críticas incompatibilidades num esporte em que o respeito e a seriedade deveriam ser a tônica. O rótulo de “técnico de futebol” deveria ser substituído por outro rótulo mais adequado: “bode expiatório”. Mas esse amadorismo inócuo que na maioria dos casos permeia nos clubes, depõe contra qualquer princípio de lealdade ao profissionalismo…

Tite conseguiu colocar os dois pés na corda ao ganhar do Flamengo de virada. Estava se equilibrando em cima dela em um pé só. Não pense ele que lhe tiraram da corda bamba, lugar comum dos técnicos, basta umas duas tropeçadas e ele possivelmente não se sustentará. Como é que pode? O cara está no G-4 desde o início. Dá pra entender?

O dedicado, educado e competente René, caiu quando eu achava que ele teria sobrevida até o jogo contra o Flamengo. Twitando com o amigo Darino Sena, disse-lhe que ele seguiria pelo menos até o jogo no Rio. Darino ficou reticente no quesito e falou-me que René poderia cair antes. Caiu… Darino, seu bruxo!

Joel se equilibrou na corda do Cruzeiro por pouco tempo, nem chegou a começar o seu trabalho firmemente, caiu rapidinho. Porém, o cavalo selado do Bahia passava na hora e o levou, ele nem sentiu a queda…. Vanderlei que não se cuide… A tempestade está forte nas bandas da Gávea e pra ele se equilibrar começa a ficar difícil. Tem de ganhar, rápido!

Por falar em corda bamba, parece que começaram a colocar sal grosso sob os pés de Cuca, que agora pula só com um pé. Pior, depende do Bahia, que sem querer pode colocar mais sal grosso sob seus pés. Será que o dirigente vai segurar a ponta da corda para Cuca?… Quando os dois estão na reta, sempre sobra para o do “bode expiatório”.

Já no caso dos árbitros de todas as federações de futebol, o estigma da desonestidade impera pelo simples fato de a profissão não ser regulamentada devidamente e independente de interesses escusos. É então que a incompetência é confundida com a desonestidade e esta confundida com aquela, é de acordo com a inteligência do ardil. Se o árbitro pertence ao quadro da FIFA ele “erra” por acidente. Se o cara é apenas um Felipe da Silva, “erra” por incompetência.

Esse é um problema que só será resolvido quando os árbitros se estabelecerem como instituição independente das federações. Deveriam ser profissionais prestadores de serviço. A Lei Pelé deveria ser mais abrangente no esporte, e certamente árbitros como aquele que mediou Bahia x Grêmio não estaria apto a exercer tal responsabilidade. O que me causa certa dúvida é: qual a condição para um árbitro como aquele e outros do mesmo nível de competência apitar jogos importantes, de apelo nacional?

Então, fica ou não fica no ar qualquer coisa parecida com instrumento de manipulação de resultados? Não sou leviano ao ponto de afirmar o que não posso provar, mas contra fatos não existem argumentos, e são eles que me fazem emitir esta opinião. Ou se muda o conceito das arbitragens, ou essas dúvidas pairarão no ar ainda por muito tempo.

Testemunhamos na última quinta-feira, na partida entre Bahia x Grêmio, um árbitro extremamente tendencioso. Além de intimidar os jogadores do Bahia com cartão amarelo a todo instante, ainda marcou no limiar do primeiro tempo um pênalti que só ele viu. A falta existiu sim, mas completamente fora da área. Acho até que acanhado por tanta ajuda, o Douglas não converteu em gol a penalidade. Aquilo estava fazendo vergonha…

Por mais paradoxo que possa parecer, acabou sendo ótimo ele marcar a penalidade máxima contra o Bahia. Ele sentiu que a intimidação passou dos limites, escancaradamente, na etapa primeira do jogo. Ademais, o protesto da torcida foi tão estridente, que o seu medo foi maior que a sua própria consciência e assim logo assinalou uma penalidade inexistente – pois é –, só que desta vez contra o Grêmio.

O Bahia não jogou mal no primeiro tempo simplesmente por equívoco tático, sim por pressão psicológica do árbitro que intimidou no apito e no grito o time do Bahia. Os jogadores ficaram nervosos e medrosos, se encolheram, pois a arma que o árbitro mais usou foi o famigerado cartão amarelo. De alguma forma o objetivo já estava alcançado, a parte dele foi feita no primeiro tempo, o Grêmio houvera feito dois gols e, se não converteu o pênalti arranjado, o problema não era mais do árbitro, a chance foi dada…

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