é goleada tricolor na internet
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Publicada em 15 de setembro de 2012 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

O Regionalista

Em qualquer instituição do mundo de apelo público e midiático, os fatos tendem a proporções gigantescas, gerando conflitos que, em instituições menores, passariam naturalmente despercebidos. Antes da internet, a notícia tinha “donos” formais e específicos, após a internet acabou tal privilégio, mas em compensação a notícia aparece às vezes divergente, prolixa e confusa em maior proporção que antes, porque até a materialização dos fatos as distorções são gritantes.

Noticiou-se que Jorginho, técnico do Bahia, estaria de malas prontas para o Palmeiras, que houvera dispensado impensadamente o Felipão. Tudo bem, problema do Palmeiras a dispensa do Felipe Scolari. Agora, o que não é certo é a imprensa ficar dando palpites para o técnico Jorginho dizendo que – abre aspas para Wagner Vilaron – “acho bom o Jorginho considerar a proposta do Palmeiras e aceitar, pois se ele ficar e o Bahia perder três ou quatro partidas certamente Jorginho será dispensado, acho normal, e acho que Jorginho deveria aceitar dirigir o Palmeiras, por que não?” – fecha aspas.

Então, quis o regionalista Vilaron dizer que a barca que vai naufragar é o Bahia e não o Palmeiras, ou possivelmente pense que o Bahia é muito menor que o Palmeiras… Ora, parece-me que houve uma inversão de valores hilária nas colocações do Vilaron, que conota apenas considerar estar sendo visto e ouvido somente pelo Sul e Sudeste, o que é um erro crasso de alguém incapaz de aquilatar com justiça os valores e a grandeza do Bahia e da sua torcida.

A partir de fatos como o episódio Palmeira/Jorginho/Bahia é que as coisas ganham forças e o próprio dirigente acha que a ética nem é tão ética assim, e os rachas acontecem entre os clubes, não raro, devido à intromissão exagerada, com ares de paixão clubista, ou regionalista, por setores da imprensa, como a representada pela “opinião” do Vilaron.

É preciso rever certos aspectos éticos nem só dos clubes, mas também da imprensa. Senão vejamos: o Santos teve de se desfazer do Paulo Henrique Ganso porque a imprensa quase sempre ouvia apenas um lado e soltava a notícia como se fosse definitiva… Não tenho dúvida que o desgaste entre Santos e Ganso poderia ter sido evitado caso a imprensa usasse critérios razoáveis.

Mas não é somente no Brasil que acontece isso, é mal mundial, por interesses vários! O Real Madrid recebeu uma oferta, segundo a imprensa, de 513 milhões de unidades monetárias – não sei em qual moeda forte aconteceu – pelo Cristiano Ronaldo… Claro, o Real não quis nem conversa.

Pode ser por isso que Cristiano Ronaldo esteja falando da sua tristeza com o Real Madrid e passou a deixar transparecer a sua insatisfação no clube Merengue. Fato é que mexeram com a cabeça do Ronaldo e com a paz do Real Madrid, que muito provavelmente seja forçado a se desfazer do atleta futuramente.

A questão é saber se tal oferta teria acontecido, pois num mundo em crise econômico-financeira de proporções demasiadamente preocupante, o futebol conseguiria fazer política monetária diferente? Ou será que a crise é imaginação dos economistas internacionais? Claro que não, o Ocidente inteiro está meio barro e meio tijolo, por assim dizer, no aspecto econômico.

A minha dúvida é se o futebol-negócio é uma realidade econômica à parte ou se é uma bolha em crescimento prolongado prestes a explodir… Sim, porque o que se paga no futebol não parece ser coisa deste planeta. Um técnico – só pra citar um caso – de futebol custar/mês quase um Milhão de reais para um clube que está à beira da degola, é possível? Não sei, porque esse mesmo clube está afundado numa dívida fantástica e sequer conseguiu formar o elenco pretendido pelo técnico demitido.

O Bahia, não faz muito tempo – último ano na Segunda Divisão – tinha uma folha mensal de oitocentos mil reais e atualmente já beira os três milhões, não parece surreal? Pelo menos para a imprensa Sul e Sudeste é, já que somos tratados como nordestino – sem direito à evolução – e não como brasileiros.

O preconceito é fato notório e sentido na pele, e acho que até ignoram que aqui é o Berço do Brasil, temos cultura própria e orgulho de sermos nordestinos. O Bahia é o Primeiro Campeão Brasileiro, é Bicampeão do Brasil e o primeiro clube do Brasil a participar da Libertadores da América… Por que tanta discriminação e tão pouco respeito a tanta história?

São por fatos discriminatórios assim, que partem do Sul/Sudeste, que torço muito pelo sucesso do Nordestão… Ah sim! Jorginho continua técnico do Bahia para azar dos agoureiros.

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