O tal do Ruy e sua mala branca

A bem da justiça, é forçoso admitir que Ruy Accioly não é um asno completo. Ele é pouco mais do que um pedaço de asno, por não ter competência nem para ser um asno inteiro. Hoje ele preside uma instituição vagabundíssima chamada Conselho Deliberativo do Esporte Clube Bahia – um colegiado avacalhado, desqualificado, que tem se dedicado, ao longo da sua história recente, a eleger paulos maracajás, petrônios barradas, marcelões e marcelinhos guimarães.

Mas, não vamos desviar do tema a falar de toda a laia. Vamos nos concentrar no palermão maior, Ruy Accioly – que já cometeu toda sorte de asneiras nocivas ao Bahia nos cargos diversos que andou exercendo no clube nos últimos anos. Difícil precisar se o referido indivíduo estava sóbrio ou bêbado quando declarou a uma emissora de rádio de Salvador que o Bahia tinha levado uma “mala branca” ao Bragantino, para que o time paulista se esforçasse um pouco mais para vencer o fraquíssimo América de Natal, competidor direto do Bahia na tentativa de escapar da desonrosa série C.

A par de não representar um crime que possa punir o clube com a suspensão das atividades esportivas, como inicialmente se noticiou, a idiotice declarada por Accioly, além de denotar sua escassa inteligência e seu pouco tirocínio, constitui uma inequívoca falta de ética – coisa com a qual, no entanto, ele não parece se preocupar. O certo é que o Bahia voltou a ocupar o noticiário nacional de forma triste e desabonadora, como vem ocorrendo ultimamente.

Mas, o aspecto mais grave do comportamento desse sub-dirigentezinho é o que isso representa de desrespeito aos atletas do Bahia. Quer dizer que esse bando de idiotas está levando mala de dinheiro para os jogadores do Bragantino enquanto os seus estão com os salários atrasados há não sei quanto tempo? É completamente inaceitável. Se, diante de tal absurdo, os jogadores decidissem fazer uma greve, nós teríamos que entender. Eles teriam razão.

Perdoem a expressão, mas o que está acontecendo com o Bahia é uma verdadeira esculhambação, uma mistura em partes iguais de incompetência e falta de vergonha. Para o Bahia sobreviver – escape ou não da série C -, é urgente se livrar, de uma vez por todas, de Marcelinho Guimarães e sua patota, incluindo aí esse tipinho menor chamado Ruy Accioly. O Bahia chegou ao lamentável ponto em que a maior aspiração é continuar na série B. Só isso já diz tudo.

Chega!!! Fora coveiros! Fora diretoriazinha!