O vôo do Falcão

O campeonato baiano não é parâmetro para medir a força do Bahia a nível nacional, mas tem sido um bom fator para determinar o bom momento técnico que vive o Bahia. Dá gosto de ver o time tricolor exibir o estilo pelo qual o seu comandante técnico, Paulo Roberto Falcão, sempre primou dentro de campo enquanto jogador.

Há uma diferença do Bahia que iniciou o ano para o Bahia da Era Falcão simplesmente gritante. Não digo nem pelos resultados elásticos em campo, sim pelo padrão moderno e convincente que o tricolor demonstra durante os jogos.

A verdade é que alguns técnicos de renome no futebol brasileiro precisam se reciclar, porém, como dizem por aí que papagaio velho não aprende falar… Tá na hora da aposentadoria e sair da mesmice do folclore que envolve alguns treinadores, mormente os mais antigos. Ser engraçado não dá padrão, não ganha campeonato e, principalmente, não tira o coração da boca do torcedor.

O time de Falcão tem uma proposta de jogo consciente, bem assimilada pelos jogadores, moderna e eficientíssima. A conseqüência disso é um time alegre, jogando na vertical, e gols em profusão – o torcedor tricolor está agradecido à diretoria do Flamengo por ter proporcionado o vôo do Falcão para o Fazendão.

Interessante, Falcão esteve aí aos olhos dos cariocas e ninguém o viu. Que miopia! Na verdade falta a alguns dirigentes a coragem de apostar, falta também dinamismo e inovação, vivem sempre no mesmo ciclo vicioso de contratar velhos e ultrapassados medalhões, que nada mais têm a acrescentar ao futebol – vide Ronaldinho, que, aliás, tá na hora de Mano, também, perceber que desde que saiu do Barcelona o gaúcho deixou de jogar bola.

O Bahia viu em Falcão o que o Internacional não captou. Isto é: visibilidade maior internacionalmente, atualidade, e o modernismo inerente à sua própria personalidade, além da decisão de tornar-se treinador em definitivo. Não é somente bom para o Bahia a presença do Falcão. É bom para a Bahia ter o Rei de Roma radicado por aqui.

MANCADA

E a Globosat discriminou a Bahia não incluindo o campeonato baiano, assim ganhou a antipatia do torcedor de todo o Estado da Bahia, que, revoltado com a discriminação, está cancelando a assinatura do PFC – coisa que este colunista já o fez desde dezembro último, quando soube que o CB não estaria incluso.

Azar do torcedor de outro Estado porque não está vendo em tempo real a academia tricolor jogando um futebol parecido com aquele que o saudoso mestre Telê Santana gostava de aplicar nos times que ele treinava. Não por acaso, Falcão foi seu jogador.

DEMOCRACIA I

Está instalada no Bahia, embora ainda em site provisório, a ouvidoria tricolor, que visa aproximar o clube do torcedor onde quer que ele esteja. Por seu lado, esse torcedor poderá apresentar sugestões e sentir-se parte ativa da vida do seu clube. O projeto foi idealizado pelo Dr. André Luís Americano da Costa, conselheiro do clube, desenvolvido juntamente com Wilson Manoel, gestor da marca Bahia, que, apresentado ao presidente Marcelo Filho, foi imediatamente aprovado, sob elogios do mesmo ao dizer que “isto é pra ontem!”.

DEMOCRACIA II

Wilson Manoel, atualmente gestor da marca Bahia, pertenceu à Democracia Tricolor da qual fazia parte, ativamente, o meu amigo Dudy Silva, um devotado e cavalheiro tricolor. André Americano: fez parte de vários movimentos da oposição, inclusive, participando da primeira reunião da RT – Revolução Tricolor – fazendo o livro de atas, até meados de 2009. Em 2011 tornou-se Conselheiro do clube e atualmente é uma das fontes de idéias no Bahia.

ABAIXO-ASSINADO

Vale ainda acrescentar sobre André Americano o crédito da idéia e execução do abaixo-assinado, que já está com cerca de 4.000 assinantes, protestando contra o canal de televisão por assinatura, PFC, pertencente à Globosat.