Alguém conhecia um time chamado Raja Casa Blanca? Pois bem, agora o Brasil conhece, assim como ficou conhecendo o Mazembe, quando tirou da final com a Inter de Milão o outro Inter, o do Brasil. Ser campeão da Libertadores é o ápice de um clube Sul-americano, mas não tem a mesma importância para o mundo como tem ser campeão da Champions League. Ser Campeão do Mundo Interclubes não tem para os europeus essa importância toda, o orgasmo deles acontece é quando ganham a Champions League.
O Inter de Porto Alegre ratificou com aquela derrota para o San Juan que alguma coisa com o futebol do Brasil não estava bem. O Santos apanhou com Neymar & cia., o Corinthians ganhou sem convencer tecnicamente em 2012 o goleiro Cássio foi o melhor em campo , e recentemente o Atlético Mineiro foi eliminado pelo Raja Casa Blanca de forma categórica e insofismável… Antigamente, nossos clubes atropelavam esses desconhecidos e o futebol europeu tentava copiar a nossa forma de jogar. Involuímos e eles evoluíram, ponto.
Esses fatores reunidos são indicadores suficientemente capazes de detectar problemas que por si só já mereceriam uma revolução capaz de modificar os conceitos de Lei e Gestão no Brasil futebolístico. A Lei Pelé está necessitando de modificações e ninguém efetivamente se mexe favoravelmente a isto só como exemplo.
O simples e inadvertido descumprimento de regulamentos dos vários campeonatos de futebol no Brasil vide casos recentes de Portuguesa e Flamengo mostra a fragilidade organizacional dos nossos clubes e outras entidades pertinentes. A violência nos estádios e adjacências desses é um problema dos mais preocupantes, entretanto, as providências a respeito desse estado caótico são incipientes. Enfim, a gestão do nosso principal esporte não convence nem ao mais imberbe torcedor, e as consequências estão aí bem à vista.
Casos como os que envolvem a Portuguesa e o Flamengo atestam contra a atual estrutura das instituições todas, sem exceção que representam o futebol do Brasil. Para completar esse estado decadente, os entendidos aparecem com a pífia inversão de valores, que coloca a Arte em segundo plano e enaltece a força física como fator decisivo para se jogar futebol… Não é. Estarrece esse modismo clássico de que o jogador se transferir para a Europa é sinônimo de aprender a jogar futebol… Pasme.
Aqui, particularizando o E.C. Bahia, os dirigentes acabam de se meter numa encrenca danada! Negociou com o Flamengo a ida do Feijão segundo o que se noticia , jogador de futuro e egresso da Base, xodó da torcida, peça fundamental no time do ano passado, e agora não sabem o que fazer ou, sequer, dizer à torcida… Segundo se noticia, o passe do Feijão, juntamente com mais dois jogadores da base, estariam estipulados, enquanto o passe do Rafinha moeda dessa possível troca não estaria estipulado… Você entende isso? Nem eu.
Por que negociar um jogador de tamanha identidade com o clube e com a torcida como é o Feijão? Até acho louvável fazer caixa se é que há dinheiro nessa parada , trazer o Rafinha e outros, porém, sem mercar os jogadores da Base a preço de bacalhau pendurado em porta de venda. Curioso é que no passado criticavam essa fórmula radicalmente! Por que incorrem no mesmo erro? Para que serve a Base dos clubes num futebol inflacionado? Não é justamente para ser o maior fornecedor de matéria prima a um custo benefício real e barato? Por que achar que é o Flamengo que deve ser o revelador dos jogadores feitos na Base do E.C Bahia?
Os clubes do Sul e Sudeste não podem ser barriga de aluguel para o Bahia, mas este pode ser para eles? Foi para isto que William, que não durou 30 dias como gerente de futebol no Corinthians, foi contratado? Será que Marquinhos o técnico tem cacife psicológico para dirigir o time que é cobrado em campo e fora dele de uma torcida que exerce uma pressão tão intensa? Não acho que o Bahia atual seja lugar para se fazer experiências com cobaias.
Há algo de muito equivocado nessa política e isto precisa ser explicado à torcida. Sobre Feijão, li que a coisa não foi bem assim e que o negócio ainda não está fechado… Torço para que realmente não esteja porque assim seria melhor para o Bahia. Mas o estranho continua assombrando nessa história já que o diretor de futebol do clube faz laboratório no Bahia importando promessas e na contrapartida exporta ou permite os juniores do clube para outra agremiação.
Fato é que, no mínimo, vai o Feijão e vem o Rafinha bom jogador e não tem nada a ver com as condições do negócio numa troca desvantajosa para o Bahia devido à fórmula encontrada para fazer o negócio, caso se confirme o que se noticia na imprensa falada e escrita com ênfase tal ao ponto de revoltar a torcida tricolor.
FELIZ ANO NOVO PARA TODOS
DEUS quer, o homem sonha, a obra nasce. Vamos então sonhar, semear e colher todas as nossas perspectivas neste ano!
comentários
Aviso: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do ecbahia.com.
É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral, os bons costumes ou direitos de terceiros.
O ecbahia.com poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios
impostos neste aviso ou que estejam fora do tema proposto.