é goleada tricolor na internet
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Publicada em 21 de julho de 2012 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Pobres Treinadores

Pobres treinadores de futebol… Jogadores com chuteirinhas brancas, cor de rosa, vermelhas, verdes… Cortes de cabelo diferentes, tatuagens, salários que afrontam a realidade do torcedor brasileiro, penduricalhos nas orelhas etc. etc. fazem o cenário… e futebol que é bom ó… Nada! Garra e determinação de quem quer ser respeitado no exercício da profissão… Nada! Depois sobra a culpa para os treinadores…

Ah! Esses são teimosos, burros, sem comando, fracos, e outros adjetivos sobre as costas largas desses pára-raios que nos bastidores dos clubes sofrem pressão de toda ordem e ainda tentam disciplinar a rebeldia dos comandados, essa moçada cheia de adereços, que de quase tudo pratica um pouco, inclusive futebol.

Dia seguinte à derrota, vem a notícia estampada nos jornais e sites: “caiu mais um técnico!”. Só nesta semana foram pro vinagre três de vez! Falcão, Dorival e Argel – o “Papai” vai resistindo no emaranhado que é o Flamengo e amparado por uma multa nada desprezível.

Podem dizer o que quiserem sobre a postura de Falcão e até desdenharem da sua educação, mas o Bahia não era um amontoado sem esquema planejado sobre o seu comando, pelo contrário, era um time bem arrumado em campo que lá de cima – arquibancada – dava pra notar o comando tático do técnico.

O problema residia na apatia das finalizações; Souza fora de ritmo; Mancini errando passes curtos e longos; Titi numa fase horrível; Danny Morais, apesar de esforçado, limitadíssimo; sem laterais esquerdos e direito respectivamente; sem um meio campo cerebral – aquele jogador que pensa as jogadas como num jogo de xadrez –; então eu pergunto: que mais poderia fazer o Falcão?

Sei, Falcão poderia ter ousado mais, pecou ao abrir mão das suas próprias convicções, faltou seguir a sua filosofia inicial que era compactar o time e fazê-lo estar a todo instante na cara do gol. Não deveria ter improvisado tanto como fez com os laterais. Por que não recorreu com a coragem necessária à Base do clube?

Onde estão Alef e Jussandro, João Marcos e Carlinhos? Já foram, também, vendidos? Estas são perguntas que podem gerar um fato diferente para que eu possa entender as improvisações do Falcão…

Mas se esses fatos forem realmente recorrentes, então pra que servem as divisões de base? O reflexo dessa falta de coerência está dentro de campo com um time completamente descaracterizado na sua essência. Parece não haver sentimento, as raízes estão sendo destruídas uma a uma.

É mais ou menos assim: se um jogador como Mancini – é só um exemplo, não é o que penso dele – não der certo e ele afundar junto com o Bahia, ele vai embora e terá mercado tranqüilo em outro grande clube, já construiu sua carreira… Mas se o jovem egresso das divisões inferiores for realmente prestigiado e sentir-se firme, ele desdobrar-se-á por dois e por dois motivos; aprendeu amar ao clube e precisa construir a sua carreira.

–Aliás, já é voz corrente na torcida que a as divisões de base do Bahia “tem claro objetivo de enriquecer empresários e empobrecer o clube”.

É preciso haver uma reavaliação de todos os contratos de parcerias realizadas com empresários de atletas ou que tenham participações nas respectivas transações com a criação e divulgação dos critérios a serem adotados em relação ao percentual de participação quando de investimentos aplicados nas Divisões de Base.

A gente entende que nem todo mal é tão mal assim, às vezes ele é necessário. Justamente por essas necessárias vezes acontecerem com freqüência é que essa reavaliação torna-se gritantemente necessária porque isso deixa o clube e a administração de Marcelo Filho, transparentes. O problema não é o treinador, este é apenas vítima do sistema. Os satélites do entorno tricolor são os problemas.

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