é goleada tricolor na internet
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Publicada em 4 de fevereiro de 2015 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Primeiro passo em falso para buscar o equilíbrio

E lá vamos nós de novo. Bahia estreando mal no campeonato da FBF, perdendo para o genérico do Vice-de-Tudo lá no Sudoeste depois de provar que a coisa não era tão russa assim. Ou ucraniana?!

O triunfo no jogão contra o Xaquitá por átimos de segundo reacendeu a esperança do Binhotismo Ufanista – se somos melhores que um disputador da Champions, podemos vencer a Lampions e o intergalático, interplanetário, inter-trans-supra existencial pós-estruturalista Campeonato Baiano de Futebol! #sqn?! A realidade da Cerei B joga um balde de água fria no berço esplêndido daquela torcida que é melhor que o Barcelona e o Real Madrid, deitada eternamente entre quatro paredes, sobre uma cama, com a cabeça num travesseiro e debaixo das cobertas.

Sim, a base funciona e tem capacidade de reação. Por mais que os ucranianos-com-meio-time-de-brazucas estivessem com os níveis de Absolut acima do permitido pela Lei Seca, o Bahia de 2015 mostrou que pelo menos pode criar uma base em cima da base e conquistar alguma coisa neste ano. A conferir.

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Maus resultados em estreias já são vezeiros no clube da Fazendávila. No final, a final afinal de contas será a mesma de sempre – dois jogos: um em Canabrava e outro na Fonte ou Pituaçu (não necessariamente nesta ordem), a depender de como o humor do presidente “cara-de-pau” [com IMC abaixo de 20] esteja perante os executivos da reluzente Arena, os quais tem o péssimo hábito de mandar os sócios do Bahia assistirem os jogos 50% off munidos de um puído comprovante de papel em locais pouco privilegiados quanto às vistas do campo.

Seria interessante colocar a base pra jogar a competição da FBF (e ganhar experiência) enquanto os novos contratchôzados pudessem disputar os clássicos, o Nordestão e a infame Cerei B, mas no livro do seu Nicolau, revisto e atualizado e adaptado pela cartolagem brasilis, o Baiano é o único campeonato que pode ser vencido com maior índice de certeza e um excelente cartão-de-visitas para o torcedor mediano ainda desconfiado do jovem gestor azul, vermelho e branco. Decerto, ele não perderia essa oportunidade. No aguardo de dias melhores.

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Fora de campo, segue o Bahia com uma contratação de peso, que não é nem treinador nem manager futebolístico: um senhor de nome Jorge Avancini pediu conta do Colorado da Padre Cacique no afã de conquistar outros mundos (e chorar no final como Alexandre? Não! Ele ouve Pablo). O referido cidadão simplesmente tocou um ambicioso projeto no qual o Internacional de Porto Alegre conseguiu angariar um monte de sócios e ampliar a exposição da marca do clube. Conforme citado em uma coluna minha anterior, o maior desafio da marca Bahia é consolidar primeiro seu território no âmbito regional para tentar algo mais lá na frente. Disseminar a marca pelo interior e ser, de fato, o Maior do Nordeste será um bom começo. Muito bem!

Dentro de campo, a filosofia de trezentos volantes, não obstante inserir o Bahia na indústria automobilística, é sintomática de time pequeno ou retrancado. Bruno Paulista, Rômulo, Pittoni e os novos contratados Tchô, Willians Santana podem gerar variações interessantes na meia-cancha se estiverem a fim de jogar. No ataque, o matador Gamalho pode jogar bem ao lado do Primo de Messi pelo mesmo motivo caso isso ocorra. Time que quer subir tem que saber jogar para frente e espero que o Sr. Soares não seja teimoso…

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Finalmente, a venda de Pará suscitou polêmica dentre os torcedores a respeito do seu preço e das condições de venda. Não, Pará não é nenhum craque galático e é um talento que pode ser melhor lapidado, não obstante algumas falhas em campo. Ah, mas o presidente não disse que valorizaria a base? Disse. Por enquanto, apenas ele foi vendido e de lá do Cruzeiro deve vir o ruivo Souza de contrapeso. O Bahia ainda não é um player efetivo no mercado da bola, e esperamos que não haja intermediários levando por fora como em tempos calcificados de outrora…

Às vezes a estrutura do clube impede que jovens talentos sejam melhor aproveitados, e nunca saberemos de antemão se o Pará vai ou não arrebentar – na equipe estrelada do Cinco Estrelas mineiro isso é até meio complicado para um neófito – porém eu ainda espero que os nossos parás, caso saiam do clube, sejam bem negociados com a Europa no futuro, por exemplo, em condições que agreguem patrimônio e mercado ao nosso Bahia. No momento, e por uma considerável quantia de tempo, seremos ainda o time engraçado do Nordeste fornecedor de mão-de-obra barata. Vamos trabalhar, Presidente Santana, pois ainda tem muito o que fazer.

Saudações Tricolores!

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