é goleada tricolor na internet
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Publicada em 16 de maio de 2013 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Quando os gols importam menos

Na última terça fui bater um baba e, pela primeira vez em 28 anos, não usei uma camisa do Bahia pra jogar. A dinastia que comanda o Bahia há anos conseguiu, enfim, estragar uma das maiores alegrias que eu tinha, que era vestir a camisa do Bahia e jogar bola, me imaginando, em delírios saudáveis, fazer gols como Marcelo, tabelar como Uéslei ou chutar como Lima.

Não vesti a camisa do Bahia por indignação. Pelo mesmo motivo que me nego a comprar novos artigos do time e não vi o jogo contra a Luverdense nem pela TV, quanto mais no estádio. Apóio o público zero, o movimento Bahia da Torcida e qualquer outra manifestação que, com termos inteligentes, democráticos e legais, contribua para a saída de MGF, de toda a diretoria subjugada a ele, e também das eminências pardas que circulam e têm voz ativa no Fazendão.

A diretoria dispensou 14 jogadores numa baciada para enganar trouxa, mas que não enganou ninguém. Praticamente só dispensou mosca morta. E evidenciou uma completa incompetência de gestão. Dispensaram Pablo e Magal, dois jogadores horrorosos mas que foram contratados há pouquíssimo tempo, o que só prova a completa falta de visão na hora de contratar.

Dispensaram Rosales, alguém entre os raros no elenco que mostraram saber tratar uma bola. Dispensaram Ryder, um oásis de bom futebol e vontade de jogar. A Fiorentina não iria renovar o contrato de empréstimo (coisa que o Bahia já havia manifestado interesse público)? Queria dinheiro? Então divulguem essa informação com clareza e transparência, se for o caso. Porque colocar Ryder no mesmo bolo dos perebas é leviano. Mas pedir transparência e clareza nas coisas desse Bahia é utopia…

Dispensaram Lenine. No início do ano, o emprestaram alegando necessidade de dar experiência e botar o garoto pra jogar. O rapaz mal voltou e já foi mandado embora sumariamente. Dispensaram mais um tanto de caras que a torcida sequer viu jogar. Dinâmica futuristíca como só o Bahia sob a égide dos Guimarães sabe fazer.

Não demitiram quase ninguém dos atletas que jogaram e tomaram 14 gols do rival. Nenhum time profissional tem o direito de tomar 7 gols num mesmo jogo de um outro time equivalente (ou seja, de uma mesma divisão). Sete gols!

Demitiram Joel Santana depois de sete jogos. Aliás, trouxeram (!!) Joel Santana depois de abandonar o time em 2012. Autoestima é isso aí para essa galera.

Venderam o TOB, o programa de sócios-torcedores, pro consórcio da Fonte Nova. Segundo matéria da Folha de SP, os valores giram em torno de 1 milhão de reais/ano. Só pra mim que esse valor parece irrisório? O TOB arquibancada custa 840 reais por ano. Se 1.500 torcedores forem TOB, já passa de 1 milhão de faturamento. Atualmente o Bahia tem estimados 5 mil TOBs. Então, como assim o Bahia vende um negócio que fatura mais de 3 milhões de Reais/ano por apenas 1 milhão/ano?

Mas, antes fosse o principal problema do Bahia só jogadores medíocres ou um técnico ultrapassado. Que as goleadas vexatórias para o rival (além das medíocres, vergonhosas, campanhas no Estadual, na Copa do NE e na Copa do Brasil) façam implodir este modelo de administração nefasto que impera no clube há anos e permitam que novos ares, mentalidades e competências surjam dentro do Esporte Clube Bahia. Hoje, é mais importante o resultado fora de campo do que dentro dele para o futuro do Bahia.

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