é goleada tricolor na internet
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Publicada em 4 de julho de 2007 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Que se faça o certo

O Bahia necessita deixar de ser vítima dos seus próprios desacertos e atravessar esse deserto impiedoso onde foi abandonado à própria sorte. Construir uma nova história virando definitivamente essa página bizarra dos seus anais é mais que uma necessidade, é vital. A partir do jogo de estréia na terceirona, não haverá mais lugar para quaisquer desculpas em caso de novos fracassos. Particularmente não conto com isso, chega! Tirem a nave do buraco negro, tragam-na de volta e estamos conversados.

Feito os remendos emergenciais, próprios das situações desesperadoras, agora é voar de volta para casa de qualquer forma. Voar ou voar, torna-se imperativo absoluto! Não será possível nenhuma outra alternativa que não seja a de reconduzir o Bahia à Segunda Divisão, que ainda não é a sua casa, é apenas o meio do caminho, mas ali haverá uma nova parada para novos reparos na nave. Ninguém suporta mais tanta humilhação, o Bahia tem uma torcida acostumada com glórias e não é justo que não volte a tê-las neste ano, ou seja, não saindo da Terceira Divisão.

Não é que eu esteja pessimista, eu sou um otimista, principalmente quando se trata do Bahia. Embora o time apresentado para a torcida até aqui, não empolgue na prática. Daí que alertar nunca é demais. Acho certo e oportuno todos os protestos que a “meia dúzia” de torcedores continua fazendo. É uma espécie de luz stand by, tá ali, sempre acesa para que os dirigentes do Bahia permaneçam em alerta. Essa “meia dúzia” que protesta faz a sua parte do Beija-Flor tentando apagar o incêndio na floresta.

Imagino o duro que é conseguir trazer bons jogadores para o Bahia na fase atual. Imagino e reconheço. Ninguém quer vir, exceto alguns poucos jogadores mais conscientes da força que é o Bahia, mesmo jogando na Terceira Divisão. Mas este não é um problema da torcida, ela sempre faz a parte que lhe cabe, não foi ela que colocou o Bahia nesta situação. Este é um problema de quem se diz suficientemente competente para sanear os problemas do tricolor. Então que se faça o certo, coloquem o Bahia de volta à Segunda Divisão e, ato contínuo, na Primeira Divisão.

Quando não se faz planejamento a longo prazo a coisa fica ruím para qualquer empresa, é assim também no futebol, hoje um dos maiores negócios do mundo. É só ver o que está acontecendo com os times do Nordeste que jogam na Primeira e Segunda Divisões. Eles simplesmente estão brigando para não cair, pensar em título não é nem um sonho, apenas vivem a realidade do não planejamento, principalmente os clubes (do nordeste) que estão na Primeira Divisão. Agora veja você, leitor, os estádios estão sempre cheios.

Enquanto não profissionalizarem verdadeiramente os clubes, enquanto não funcionarem como empresas normais, acabando de vez com o coronelato e os oportunistas de plantão, o futebol do nordeste continuará sendo o Rubinho Barrichelo da Fórmula 1. Só compete, e compete muito mal. Quem é que me diz de sã consciência que o Náutico permanecerá na primeirona? E o América de Natal, que não passa de um péssimo coadjuvante pelo menos até aqui? Será que o Vitória, com tanta irregularidade em suas atuações, chegará à Primeira Divisão neste ano? Os dois lá do Ceará, inspiram confiança? E o Santa Cruz, com um dos maiores estádios particulares do mundo, pra onde vai? Tá muito mais para a terceirona do que para permanecer na segundona.

É por isso que o futebol nordestino se mantém estacionado há cerca de duas décadas. Quando instituíram o Nordestão, campeonato que daria régua e compasso aos clubes, faltaram independência e visão empresarial aos dirigentes, para peitar a CBF e a rede de televisão que bancava o campeonato. Não há profissionalismo sadio, há interesses pessoais e de empresas privadas, os clube que se danem, e a torcida também!! Não precisamos forçar a mente para citar exemplos bons aqui no Brasil. Vejam o Grêmio de Porto Alegre, saiu da segundona para as primeirona e Libertadores. O Paraná Clube, que disputou a Libertadores, o São Caetano, também! Tóquio ficou a apenas noventa minutos do Grêmio em menos de um ano, ou um pouco mais, falha da minha memória. Nós, nordestinos, jamais veremos nossos clubes em Tóquio… não enquanto a mentalidade dos dirigentes do futebol do Nordeste for tupiniquim de geração para geração.

De sorte que, só nos resta torcer e pedir para São Judas Tadeu que dê uma forcinha a partir de Sábado, contra o Confiança. Os salários dos jogadores estão em dia, o time tem bons jogadores (teoricamente), a torcida vai para apoiar, o Confiança não inspira confiança, e assim há uma relação de bons motivos para que o Bahia se imponha como clube de tradição e vencedor que sempre foi. Dessa vez eu prefiro ficar em cima do muro e assistir o desenrolar dos fatos. Nada de otimismo em excesso.

XXX

Seleção I

Nada confiável, Dunga ainda não reúne condições para o posto de comando mais importante do futebol brasileiro, ou seja, o de técnico. O time está mal escalado e a impressão que tenho é de que o predicado mais forte para um jogador estar na seleção é jogar fora do Brasil, onde? Não importa. Por quê? Não sei.

Seleção II

Uma qualidade há que se reconhecer em Dunga. Inventor. Afonso, jogador de seleção brasileira… (!?) Alex, o zagueiro… (!?) até Juan vai desaprender ao lado de Alex. Wagner Love não é invenção de Dunga, mas não é jogador para ser titular da seleção. Invenção, também, dos goleiros… nenhum deles merece estar na seleção, que poderia contar com Rogério Ceni, Gomes, Diego do Palmeiras, e outros. Menos Doni, principalmente!

XXX

Roberto Rebouças.

Tá passando da hora de se prestar uma homenagem póstuma a esse saudoso e grande jogador, de um passado não muito distante, na história do Bahia. Roberto tinha garra, técnica apurada e amor pelo time que o projetou para o Brasil. Penso que se ele estivesse entre nós, estaria pasmo em ver na seleção brasileira jogadores como Alex. Então, senhores diretores do Bahia, pensem nessa idéia, seria muito justa a homenagem. Mas como no Bahia os reconhecimentos aos seus “monstros” sagrados não são costumeiros, talvez Bobô pudesse erguer uma estátua em alguma praça esportiva da Bahia, prestando homenagem ao Roberto que se fez ídolo não só do Bahia, mas de toda a Bahia.

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