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Publicada em 1 de outubro de 2023 às 06:50 por Alan Vasconcelos

Alan Vasconcelos

Um Bahia cinza, assim como o céu deste domingo

Confesso que tem sido difícil transformar os sentimentos em palavras após o que aconteceu ontem no Maracanã. Passada a revolta, creio que este seja o momento oportuno para abordar esse tema.

Após dias de muito sol e calor, Salvador amanheceu com um clima frio e chuvoso. Pode ser que o tempo tenha mudado com o passar das horas, mas às 05h28, horário exato em que escrevi esse texto, chovia e fazia frio (os congelantes 24°C que todo soteropolitano conhece).

Pode ser que eu esteja criando um “Bahiacentrismo“, mas consigo relacionar isso com a atual fase do Esquadrão. O Bahia teve 10 dias “livres” após o vergonhoso futebol apresentado contra o Santos e fez sol em todos esses dias, um calor incômodo que não estava lembrado de sentir.

Símbolo de adoração de diversos povos antigos, o sol pode ter diversas representações e uma delas é a esperança. Esse foi o sentimento que mais esteve presente comigo durante esses dias e, devido ao momento conturbado do time adversário, o sol sobre minha cabeça tendia a brilhar cada vez mais em relação a essa partida. 

Essa derrota foi como um balde de água fria, um choque térmico que me trouxe de volta à realidade, uma pancada que me fez lembrar de duas coisas:

1° – que o time do Bahia é ruim (muito);

2° – que a arbitragem nos odeia (muito também).

Como se não bastasse ter jogadores do próprio time jogando contra você, o Bahia ainda tem que enfrentar aqueles que deveriam mediar o duelo. O pior de tudo é perceber que já estou acostumado com ambos, sobretudo contra o Flamengo, onde jogadores ruins mostram todo o seu “talento” e onde os árbitros gostam de sair como protagonistas da partida. A mistura desses dois elementos resulta no combo perfeito para uma tormenta.

Durante a coletiva, Ceni disse que a arbitragem foi um fator determinante para a derrota do Bahia e ele está certo ao afirmar isso, mas também é preciso citar que o time comandado por ele também não fez por onde. Com o que foi apresentado pela equipe no período pré-expulsão de Kanu, o melhor cenário que consegui enxergar foi um 0x0 (resultado ok, mas insuficiente dada a nossa necessidade por pontos) e ganhar seria algo próximo de um milagre.

Passada toda a chatíssima situação, tudo que posso afirmar é que, assim como o céu de Salvador, o Bahia também amanheceu cinza e frio neste domingo. Existem muitas razões para nos preocuparmos, mas sigo afirmando que ainda é cedo demais para jogar a toalha. Assim como Renato Russo disse, também creio que o sol vai voltar, não sei se amanhã ou depois, mas tenho certeza de que ele vai voltar. 

Enquanto isso, tento digerir meu sofrimento por mais uma derrota amarga e aguardo o alvorecer do Bahia.

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