é goleada tricolor na internet
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Publicada em 31 de julho de 2014 às 00:00 por Autor Genérico

Autor Genérico

Um olhar para o progresso

Quem leu meus artigos anteriores poderá perceber a ênfase que dou a gestão do Bahia. Enquanto a maior parte da imprensa foca no time dentro de campo, poucos se arriscam a comentar o Esquadrão fora das quatro linhas, afinal, no futebol do século XXI, o diferencial competitivo está fora dos gramados.

Sai direção, entra direção e o foco continua o mesmo. Foco nos gramados e o modelo de gestão continua praticamente o mesmo. A diferença entre o coronelismo da gestão passada e na democracia da gestão atual, está na transparência das contas e na comunicação com o torcedor em redes sociais. Esses foram os únicos avanços que observei.

Dificilmente o tricolor baiano irá ganhar outro campeonato brasileiro como o de 1988, com baixos investimentos dentro e fora de campo. O Bahia precisa se colocar como um time grande em todos os sentidos e só assim voltará a alcançar voos altos no futebol brasileiro.

Não adianta ter quase 900 mil seguidores no facebook e fechar cota de patrocínio com empresa de pequeno porte. Recentemente, o Bahia não renovou o já defasado contrato com uma grande empreiteira nacional e certamente fez outro pior com uma pequena distribuidora de alimentos.

Basta analisar que todas as cotas de patrocínios do clube estão defasadas em comparação com outros grandes clubes do país, em alguns casos os próprios patrocinadores tratam o Esquadrão como pequeno, exemplo disso é a fornecedora de material esportivo.

O atual presidente, em reunião com a alta cúpula do governo federal no congresso nacional, destacou em seu discurso o projeto da Lei de Responsabilidade Fiscal no Esporte, dando apoio que a mesma seja aprovada. Parece bem irônico quando o Bahia de janeiro a maio está com o rombo de quase 2 milhões de reais com base no Demonstrativo do Resultado do Exercício (DRE) de 2014.

O Bahia tem hoje 50% do orçamento do Botafogo, time com praticamente mesmo número de torcedores. O Bahia tem hoje dois centros de treinamentos, sendo que o novo continua inoperante há quase um ano. Disse no artigo anterior e volto a repetir: não existe necessidade em ter dois CT’s. Isso irá aumentar os custos operacionais de maneira desnecessária. O Bahia poderia vender o Fazendão e mudar para o novo CT.

A atual diretoria bate cabeça até na imprensa com o desencontro de informações. Isso mostra que a comunicação interna não está funcionando. O planejamento também não está funcionando, tiveram que vender Anderson Talisca logo na primeira oferta, justamente para equacionar o fluxo de caixa.

Se o Tricolor tivesse vendido o Fazendão no começo do ano e mudasse para o novo CT, não seria necessário vender o melhor jogador do clube. O Fazendão está avaliado em no mínimo 15 milhões de reais. Também não sabemos como está a situação dos Transcons recebidos da prefeitura de Salvador pela demolição da sede de praia.

O Bahia do presente necessita de uma gestão com base teórica em ferramentas técnicas, como a análise de SWOT, onde são detectados os pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças da organização juntamente com um plano de ação.

Aos sócios torcedores, fiquem atentos aos candidatos nas próximas eleições do clube, fiquem atentos a história e propostas dos mesmos. Nas urnas, também se começa grandes mudanças. Vamos torcer para uma diretoria à altura do Esporte Clube Bahia.

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