Velho escudo, novos tempos

Depois de tanto criticar o marketing do Bahia pela adulteração que promoveu no escudo do clube, com a criação de uma versão tremidinha e ridícula, não poderia me omitir agora, diante da queda de ambos – da diretoria de marketing e do malfadado escudo. A queda de um, aliás, deveu-se à queda do outro. E vice-versa. Bem caídos os dois.

O diretor de marketing demitido, que alguns asseguram ser um bom profissional, certamente encontrará novos desafios em sua trajetória e deles se desincumbirá bem. Que assim seja. Mas o escudinho peba que terminou virando um símbolo da sua desastrada gestão no marketing do Bahia, esse não tem futuro nenhum, já é defunto enterrado, sem ter deixado saudade em ninguém. Que vá em paz.

A diretoria do clube, que merece as devidas loas por ter sabido reconhecer erros em sua gestão de marketing e buscar corrigi-los, não teve porém a agilidade de tirar do ar, no mesmo ato, o criador e sua criação. O tal escudo tremelicado ainda ficou uns três ou quatro dias depois da queda do diretor de marketing. No dia em que o pessoal se tocou e tirou o tal escudo do site oficial, o Bahia despachou o Atlético Goianiense, em Pituaçu. Enquanto o tremidinho esteve no site, o Bahia não ganhou um jogo. Portanto, fim de papo. Esconjura! Pé de pato, mangalô três vezes!

Sobre o time – e espero não estar sendo muito otimista -, me parece que o Sérgio Guedes conhece mais de futebol e de gente do que seus dois antecessores, Gallo e Comelli. O time está melhor. O meio de campo melhorou. E quando o meio de campo melhora, melhora tudo. Na lateral esquerda, o Rubens Cardoso voltou bem. Na frente, o Nadson ameaça entrar em forma e o Jael tem sido uma grata surpresa. De modo que, mesmo ainda com um pé atrás, vejo no ar motivos para alguma animação. Que os fatos não me desmintam. Amém.